sábado, 5 de novembro de 2011

Cor de aves com 100 mil anos foi descoberta


Estudo pode ajudar a compreender comportamentos destes animais


"Confuciusornis sanctus" ilustrado por James Reece (Créditos: Australian Museum)
Um artigo da revista “Science” anunciou a descoberta de elementos químicos de um pigmento que coloriu as penas de aves que viveram há mais de 100 milhões de anos.
Os investigadores do Laboratório Nacional de Acelerador SLAC, agregado ao Departamento de Energia dos EUA, examinaram duas aves fossilizadas: o "Confuciusornis sanctus", que viveu há 120 milhões de anos e foi um dos muitos elos da evolução entre os dinossauros e as aves; e o  "Gansus yumenensis", considerado o pássaro moderno mais antigo, que viveu há mais de 100 milhões de anos.
Os investigadores assinalaram que o pigmento, conhecido como eumelanina, é um dos agentes corantes que deram origem aos olhos castanhos e ao pelo escuro em muitas espécies modernas, inclusive os humanos.
A eumelanina deve ter sido, além disso, um dos factores que determinavam os padrões de cor nos pássaros daquela época, em combinação com as propriedades estruturais das penas das aves e outros pigmentos que elas ingerissem na sua dieta.
A compreensão destes padrões é importante para a ciência na medida em que estes influenciam vários comportamentos importantes na evolução, tais como a camuflagem das aves, a comunicação entre elas e a selecção do parceiro sexual.
"Este é um pigmento que evoluiu há muito, muito tempo, mas continua a ser sintetizado activamente por organismos do planeta. Encontrámos uma forma de fazer o seu mapa genético e mostrar a sua presença em 120 milhões de anos", disse Roy Wogelius, geoquímico da Universidade de Manchester, no Reino Unido, e primeiro autor deste estudo.
Além disso, a descoberta poderá ajudar  ilustradores de livros, produtores e técnicos responsáveis pelos efeitos especiais no cinema, por exemplo, que encontrarão assim um conjunto de cores mais realista nas suas representações destes animais.
fonte www.cienciahoje.

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