quarta-feira, 28 de dezembro de 2011

Veterinária dá dicas para acalmar animais durante fogos do Réveillon Com medo dos sons altos, bichos de estimação podem sofrer acidentes e se machucarem

Se as pessoas adoram as festas de final de ano e aguardam ansiosas a noite de Réveillon, a sensação não se repete com os animais. Nessas datas, é comum ouvir o barulho de fogos e rojões, o que causa muito medo nos bichinhos. Diferente do que se pensa (que o barulho dói nos ouvidos animais), o que incomoda na verdade é a sensação de perigo que eles sentem quando ouvem sons muito altos.

Para aumentar a segurança dos bichos de estimação, a veterinária Paula de Alvarenga tem dicas. Segundo ela, o ideal é distrair o cachorro com petiscos ou seus brinquedos favoritos. "Deixá-lo em um local tranquilo em que ele possa se esconder também é uma boa opção para que ele se sinta seguro", orienta a médica.

Se o cão demonstrar medo, o dono deve sempre manter uma postura que transmita ao animal a sensação de segurança. Por mais que se tenha pena, segundo a especialista, não se deve abaixar para confortar o cãozinho, pois ele entenderá que o dono também está com medo e ficará pior.

Outra dica importante é tomar cuidado com as fugas. O animal assustado pode tentar escapar e acabar se machucando. Para evitar isso, é preciso atenção com o local onde ele vai ficar escondido e com tudo o que está em volta para que ele não se machuque. "Também é importante deixar o animal com uma coleira de identificação e o telefone do dono. Caso ele fuja, alguém pode encontrar e devolver", finaliza a veterinária.

Exemplos
A sensação de perigo faz com que cachorros da cidade se machuquem na tentativa de se salvar. Foi o que aconteceu com Napoleão, cachorro da fisioterapeuta Giovana de Cássia Mori, de 23 anos. O mestiço de Fila e Boxer tem muito medo de rojões e estava sozinho na final do Campeonato Brasileiro, quando o Corinthians foi campeão. 

Ao ouvir o barulho, assustou e quis entrar na casa, mordeu e arranhou tanto a porta de madeira que machucou as patas e a boca. Ele não teve ferimentos graves. "Hoje em dia, temos de prendê-lo em casa quando sabemos que vão soltar rojão, senão ele morre de medo e fica todo agitado", explica Giovana.

O caso da aposentada Maria do Carmo Vasques de Miranda Delbon, de 49 anos, foi mais grave. Sua cachorrinha Dolly morreu após tentar ultrapassar um portão assustada com o barulho dos fogos do Réveillon no ano passado. "Ela era uma pequinês de quatro anos e tinha muito medo quando soltavam fogos. Quando viajamos, ela tentou passar por baixo do portão e ficou presa pelo quadril", recorda.

Hoje em dia, Maria do Carmo tem mais três cachorros da mesma raça - uma delas é filha da Dolly - e todos têm medo de barulho. Para evitar que o acidente se repita, a família prefere manter os animais dentro de casa. "A gente fica perto deles e, assim, eles não ficam com muito medo, porque se sentem protegidos. Aí não tem problema e eles não se machucam", completa Maria.
eptv.

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