sábado, 28 de janeiro de 2012

União Europeia protege tubarões em risco

tubaraobranco

Os tubarões são  confrontados com a sua própria luta pela sobrevivência.

O aumento da procura internacional de barbatanas e fígados de tubarão tem posto em perigo muitas espécies em todo o mundo.

Além da pesca intencional, certas espécies de tubarão também estão ameaçadas pela captura acidental, conhecida como capturas acessórias.

O projeto MADE explica, em comunicado, que, na esperança de reduzir a captura acidental e aliviar as pressões sobre as populações de tubarões, a Comissão Europeia está a apoiar o projeto MADE – Mitigating Adverse Ecological Impacts of Open Ocean Fisheries.

Lançado em 2008, o projeto de quatro anos é um esforço coletivo de 13 universidades e institutos de Bélgica, Brasil, França, Grécia, Itália, Portugal, Seychelles e Espanha.

O projeto é liderado por Laurent Dagorn, um investigador sénior do Instituto de Investigação para o Desenvolvimento, em França.

Este consórcio internacional, multi-disciplinar, está trabalhando de modo a reduzir a captura acidental de tubarões, causada por dois tipos generalizados de pesca: pesca com espinhel e pesca de cerco.

Os tubarões luzidios, identificados como quase ameaçados pela União Internacional para a Conservação da Natureza, compõem a maior parte da captura acidental do tubarão, na pesca por cerco.

Para desenvolver métodos de proteção dos tubarões, os investigadores do MADE estão a cruzar estudos biológicos e tecnológicos com análises económicas numa variedade de locais nos oceanos Índico e Atlântico.

Atualmente o seu trabalho passa pela análise dos dados recolhidos e por explorar o potencial de diferentes opções.

O encerramento de zonas de pesca nas épocas em que os tubarões são suscetíveis de estar nessa zona, definir métodos para impedir que os tubarões sejam capturados pelos anzóis, como uma boa distribuição vertical dos anzóis ou o uso de um isco artificial, usar os sonares das boias dos pescadores para fornecer informações sobre a captura acessória ou libertar os tubarões depois de capturados, garantindo simultaneamente a segurança das tripulações de pesca são algumas das medidas a adotar.

Cerca de 50 tubarões de várias espécies – incluindo tintureiras, tubarões luzidios e tubarões de pontas brancas foram marcados eletronicamente.

Os animais marcados fornecem informações fiáveis sobre o comportamento dos tubarões e sobre a sua migração, durante mais de 1600 dias que poderão ser usadas para protegê-los.

Os investigadores do projeto MADE também estão a trabalhar em estreita cooperação com os pescadores, para desenvolver novas tecnologias e estratégias alternativas de pesca.

No campo da proteção da vida selvagem, o esforço para salvar tubarões é particularmente urgente, devido ao seu lento crescimento, maturidade tardia e gestações longas que produzem poucos descendentes.

Fonte: TV net

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