segunda-feira, 6 de fevereiro de 2012

Rodeios no RS têm fiscalização para evitar maus-tratos aos animais

Objetos com pontas perderam espaço para soluções criativas: canos de plástico e garrafas pet são usadas para tocar o gado


Um dos mais tradicionais rodeios do Rio Grande do Sul acontece neste fim de semana. E este ano com uma preocupação a mais - como mostra a repórter Guacira Merlin.

Na cancha, os olhares são para a habilidade de cada peão. Mas, nos bastidores... Cuidados até na hora de soltar o gado!

No rodeio de Vacaria, que reúne seis mil competidores, os fiscais estão de olhos abertos para evitar maus-tratos aos animais. A medida foi tomada depois que o Ministério Público recebeu uma série de reclamações. Um acordo, então, foi feito com o Movimento Tradicionalista Gaúcho, que organiza os rodeios no Rio Grande do Sul.

“O objetivo principal é criar uma harmonia entre a cultura gaúcha, secular, desde o século XVII, aos valores de hoje, dos direitos dos animais”, diz o promotor de Justiça Luis Augusto Costa.

A ordem é não machucar os bichos. Objetos com pontas perderam espaço para soluções criativas: canos de plástico e garrafas pet são usadas para tocar o gado.

As novas regras mudaram até as tradicionais esporas. Modelos com pontas foram banidos do rodeio. Peões como Alessandro Moliterno, agora, só usam esporas de pontas arredondadas.

“Não é botar medo nos animais, mas sim criar um respeito mútuo entre o ginete, o homem, o gaúcho e o seu próprio cavalo”, explica Alessandro Moliterno.

O acordo estabeleceu até intervalo de descanso. Depois de dez entradas na pista, o rebanho vai para o pasto e só volta no dia seguinte.

“Porque o gado, hoje, o cavalo, ele é o espetáculo das provas, então nós temos que preservar para que a gente possa cada vez mais ter aquele espetáculo bonito para o público”, afirma Luiz Schons, organizador do rodeio.
gazetaweb.

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