terça-feira, 6 de março de 2012

ONG constrói espaço para abrigar leão abandonado em SP

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Recanto do Juba’ terá 300 m² e fica em Jundiaí, no interior de SP (Foto: Adriana Daldon/vc repórter)

Aos 18 anos, o leão Juba é um dos tristes exemplos do descaso com animais silvestres abandonados por zoológicos de todo o País. Com histórico de maus-tratos, Juba está há seis anos instalado em um centro provisório em Fortaleza, na capital cearense.

Até 2001, o leão – de origem desconhecida – morava no Bwana Park, um zoológico particular no Rio de Janeiro que foi fechado após a morte de centenas de animais, além do abandono de outros. Transferido para o zoo ‘Paraíso Perdido’, em Fortaleza (CE), e já debilitado, sofreu apanhando de outros leões.

Desde 2006, Juba mora no Centro de Triagem de Animais Silvestres (Cetas) em Fortaleza, para onde foi levado pelo Ibama depois que o último zoológico fechou. A dificuldade em encontrar um novo lar para Juba se deve, acredita a voluntária Célia Frattini, a questões estéticas. “O problema é que ele tem o rosto marcado por manchas pretas, e não despertou interesse de outros zoológicos por não ser tão bonito para a exposição”, afirmou.

A falta de um espaço com condições ideais para abrigar o leão no Cetas fez com que integrantes de grupo de proteção aos animais decidissem encontrar um novo lar para o felino. Foram três meses de campanha para arrecadar fundos para as obras do ‘Recinto do Juba’. Uma página no Facebook ajudou a divulgar a causa, e conseguiu mais de 4 mil seguidores. Muitos deles estão entre os colaboradores anônimos, que doaram a maior parte do dinheiro arrecadado.

Com a ajuda da Associação Mata Cilar, ONG que trata da conservação ambiental, reabilitação da fauna e de pesquisa, o grupo conseguiu um espaço de 300 m² para abrigar Juba. O terreno fica no município de Jundiaí, no interior de São Paulo.

O dono do ‘Recinto do Juba’ terá agora um espaço rodeado por árvores, com sombra, um lago próprio, área de manejo e de descanso, seguindo todas as recomendações do Ibama. Os cerca de R$ 30 mil conseguidos por meio de doações foram utilizados nas obras do recinto. Uma construtora auxiliou na parte hidráulica e elétrica, doando material e mão de obra.

A expectativa é que ainda em março seja feita uma vistoria no local pelo Ibama de São Paulo, e que a ida de Juba para seu novo lar seja autorizada. O transporte do animal será aéreo, e contará com a ajuda de uma multinacional de embalagens de alimentos, que construiu uma caixa de transporte especial para o traslado do animal e financiou o transporte dos profissionais que irão auxiliar na viagem.

No novo lar, Juba passará por uma bateria de exames, já que a associação conta com um núcleo de diagnósticos para animais silvestres.

Fonte: Terra

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