segunda-feira, 19 de março de 2012

Polícia Civil investiga suposto serial killer de gatos



Delegada Rosana Mortari investiga o caso (Foto: Cedoc/RAC)
O Setor de Proteção aos Animais e Meio Ambiente da Polícia Civil de Campinas (SP) (Sepama) investiga um homem suspeito de ser um exterminador de gatos.
A polícia acredita que ele pode ter matado mais de 22 animais adotados em Campinas, São Paulo e Itatiba. Policiais encontraram, na chácara do acusado, em Vinhedo, o corpo de quatro gatos em avançado estado de decomposição.
O veterinário Diogo Siqueira auxilia a polícia para tentar descobrir a causa da morte. ‘Estou fazendo a necrópsia nos animais, mas está complicado descobrir como eles morreram porque os corpos estão em avançado estado de decomposição. A única coisa que podemos dizer é que os animais eram jovens’, contou.
Entidades de proteção aos animais começaram a desconfiar do homem, que resgatava vários gatos em feiras de adoção ou por meio de correntes enviadas pela internet. ‘O pessoal começou a achar estranho o comportamento dele, sempre adotando gatos nas feiras e alertou a polícia’, contou Siqueira.
Denúncias recebidas pelo Grupo de Apoio ao Animal de Rua (GAAR) revelaram que o homem tentava adotar gatos com várias entidades protetoras de Campinas e da região. ‘Ele tentou adotar vários gatos com outras entidades protetoras de animais e quando vimos que ele adotou quatro gatinhos conosco, fomos atrás dele’, conta a vice-presidente do GAAR, Marisa Nunes Galvão.
O GAAR denunciou o caso à polícia
Em depoimento prestado à delegada titular do Sepama, Rosana Mortari, o homem contou que os animais morreram por causa de doenças. Ele indicou o local onde ele enterrou os animais. As investigações revelaram que além dos 22 animais adotados, ele tentou adotar outros 30 gatos. ‘Eu o intimei, ele veio até a delegacia e caiu bastante em contradição. Diz que alguns animais morreram, que 13 teriam sido enviados para outro estado e o resto teria morrido por doenças, mas ele não dá o endereço para quem doou. É um mistério’, afirmou Rosana.
A delegada conta que com o acusado foi encontrado um gato que apresentava várias lesões de trauma, que podem indicar que o animal tenha sido espancado. ‘O último gato foi levado para clínica e o laudo constatou que um quadro neurológico e hemorragia por trauma. Ele não será devolvido para ele’ , conta a policial.
O acusado diz que o bicho foi abandonado na sua chácara. ‘Ele só levou o gato para o veterinário porque nós determinamos. Só por isso já pode ser autuado por maus-tratos’ , afirma.
A polícia colheu o depoimento de uma veterinária que atendeu outros 10 gatos do acusado. ‘A veterinária diz que os outros animais apresentavam sinais de trauma e há indícios de que esses traumas possam ter sido causados por maus-tratos’ , afirma Rosana.
As investigações continuam e novas testemunhas devem ser ouvidas na próxima semana. A delegada diz que não há certezas sobre a motivação dos crimes. ‘Ele pode ter matado os gatos para sacrifício em rituais de magia negra, pode ser para alimentar felinos, para fazer experiências ou só crueldade. Em principio ele demonstra ser uma pessoa equilibrada, colaborou com os policiais, é muito estranho. Quem tiver mais informações pode repassar pelo Disque-Denúncia’, afirmou a delegada.
Fonte: RAC

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