segunda-feira, 2 de abril de 2012

Zoonoses de Araraquara (SP) aumenta rigor para eutanásia em animais



Responsáveis pelo Centro de Zoonoses prestaram depoimento na Câmara (Foto: Felipe Turioni/G1)














O gestor do Centro de Controle de Zoonoses (CCZ) de Araraquara (SP), Tony Emerson Alves de Souza, afirmou nesta segunda-feira (2) que houve aumento no rigor para a prática de eutanásia em animais no local. A declaração foi feita durante depoimento à Comissão de Meio Ambiente da Câmara, que convocou reunião para esclarecer a morte do cão Gabriel, ocorrida há duas semanas. O animal foi sacrificado no Centro e o caso foi parar na polícia depois que a tutora dele registrou um boletim de ocorrência, denunciando o sacrifício de animais no local.
De acordo com Souza, a partir de agora, a decisão pelo sacrifício de animais está sendo tomada por três profissionais em conjunto. Há uma semana, segundo ele, o diagnóstico de cães e gatos, que chegam ao Centro doentes, passou a ser acompanhado pelo veterinário responsável pelo CCZ, um profissional da Gerência de Saúde Animal e pelo presidente da Associação dos Veterinários de Araraquara.
O acordo foi feito após a prática de eutanásia ser confirmada pelo coordenador de Vigilância em Saúde, Feiz Mattar, e pela veterinária responsável pelo Centro, Anabel Jacqueline Martins da Silva, afastada do cargo e remanejada à área de Vigilância Ambiental. Anabel foi convocada para a reunião desta segunda-feira, mas não compareceu para prestar esclarecimentos. A veterinária afirmou à época que realizou eutanásia no cão Gabriel após detectar que ele estava com sarna e que não havia condições de mantê-lo no CCZ.
“O caso do cão Gabriel foi um fato isolado na conduta técnica da veterinária”, afirmou o gestor do Centro. “Estamos fazendo uma integração entre as secretarias de Saúde e Meio Ambiente para acompanhar os casos a partir de agora”, diz. Na semana passada, três animais passaram por eutanásia. Segundo Souza, dois gatos foram sacrificados por terem sido envenenados e um cão da raça Cocker por ter contraído a doença do carrapato. Os animais foram recolhidos após registro de invasão em domicílios.
O coordenador da Vigilância em Saúde, Feiz Mattar, afirmou que propôs à Secretaria de Saúde a abertura de uma sindicância para apurar o caso de Gabriel. O pedido passa por análise.
Além do rigor para realizar a eutanásia, Mattar afirmou que investimentos estão sendo feitos para a melhoria do Centro de Zoonoses e para a acomodação dos animais. “Instalamos grelhas e mudamos os potes de água para outros de alumínio”, comenta.
Nova lei
Durante a reunião, o presidente da Comissão de Meio Ambiente da Câmara, o vereador Carlos Nascimento (PT), anunciou que uma nova lei deverá ser votada na próxima semana pelos vereadores, obrigando o envio mensal de relatórios sobre os procedimentos realizados pelo Centro de Controle de Zoonoses.
“Hoje isso já é feito trimestralmente com a pasta da Saúde, mas precisamos de um acompanhamento destacado”, explica.
Nos dados apresentados pela atual gestão do Centro, houve registro de queda nos números de eutanásia nos últimos onze anos, passando de 1.352, em 2001, para 434, em 2011.
Fonte: G1

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