quarta-feira, 9 de maio de 2012

Pseudo artista que pretendia estrangular cães em palco é vetado por Tribunal

O que mais falta acontecer neste mundo? Despertamos pela manhã, e as notícias já estão às nossas esperas: extravagantes, inomináveis, horripilantes...
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Foto: Reprodução/Care2
Um tribunal alemão proibiu um artista de realizar uma performance na qual ele iria estrangular no palco dois filhotes de cães, com braçadeiras. O pseudo artista (que não foi identificado) havia planejado apresentar uma peça intitulada “A morte como Metamorfose”, no dia 27 de abril, segundo o mesmo, a fim de chamar a atenção para a matança de cães que são explorados para puxar trenós no Alaska e dos cães explorados para caça na Espanha e que têm sido assassinados quando não são mais capazes de “trabalhar”. Ele disse que em meio à apresentação haveria também um debate, acompanhado de uma música fúnebre e de um gongo. Ele afirmou que sua obra foi baseada em formas de arte tradicionais da Tailândia.
“Chocante” parece um termo insuficiente para descrever os planos do artista. Certamente deve haver outras maneiras pelas quais ele poderia expressar o seu ponto de vista, sem prejudicar – e sem matar – mais cães.
O artista argumentou que a Constituição da Alemanha garante a liberdade artística incondicionalmente. Mas ao citar leis de proteção animal que proíbem causar dano a qualquer animal em apresentações, um Tribunal de Berlim vetou os planos deste, que se intitula artista.
Este é mais um dos muitos casos parecidos de que se tem notícia atualmente. Casos de distúrbio envolvendo morte de animais em nome da arte.
No mais recente, publicado há poucos dias na Anda, os estudantes de Arte da Universidade de Berlim (UdK), Iman Rezai e Rouven Materne, estão fazendo uma votação on line para decidir se irão ou não guilhotinar uma ovelha ao vivo pela Internet. Nos últimos dias, haviam recebido 190 mil votos contra, e 120 mil votos a favor.
Em entrevista ao Jornal The Local, Materne defende a idéia de que essa ação fomenta uma discussão sobre “humanidade e democracia”. Ele diz que a guilhotina, uma criação da Revolução Francesa, teria sido escolhida por representar uma sociedade que “quer dar uma aparência de humanidade à crueldade”, e diz também que querem mostrar como o anonimato da Internet atrai a perversidade das pessoas. Apesar dos protestos, Rezai e Materne dizem que irão anunciar os resultados neste mês.
Na verdade, pode-se dizer que tais ideias desses pseudo artistas se parecem mais com casos claros de psicopatia.
Embora seja válido levantar discussões sobre Internet, comportamento humano e moralidade, os meio violento pelo qual Rezai e Materne se utilizam está longe de ser adequado para provocar discussões sobre as questões éticas que destacam, e sim – simplesmente, promete mais violência.
E no caso da performance vetada pelo Tribunal alemão, a resposta à crueldade não é mais do mesmo e, certamente, não sobre aqueles: os cães de trenó e de caça que foram retirados da exploração já sofreram o suficiente.

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