quarta-feira, 6 de junho de 2012

Ambientalista pede na Justiça para ver laudo da morte de gorila


Gorila é registrada com fêmea no zoo de Belo Horizonte (Foto: Ney Rubens/Especial para Terra)
Idi Amin era o único gorila macho na América Latina e morreu em março, aos 37 anos, no zoológico de Belo Horizonte, administrado pela Fundação Zoobotânica da cidade, em 7 de março. O animal passava por um procedimento médico de rotina quando faleceu, mas um laudo estava previsto para sair em 30 dias para explicar a causa do falecimento. A falta do documento até agora fez o ambientalista Heleno Maia pedir na Justiça sua divulgação. “Eu sempre ia lá na fundação e passando de bobo. Ia lá e nada de laudo (…) então, chegou um momento que eu dei um basta. A situação agora é recorrer ao judiciário”, diz Maia.
Maia afirma que entra com o pedido nesta terça, Dia Mundial do Meio Ambiente. O ambientalista afirma que conversou com 12 veterinários e que acredita que a morte pode ter sido causada por tranquilizantes administrados durante o procedimento de rotina, mas, para ter certeza, precisa ter acesso ao laudo. Maia afirma ainda que o animal não era velho e que um gorila pode viver até os 70 anos.
No dia da morte, a Fundação Zoobotânica afirmou que o animal vinha sendo tratado de um ferimento recente em um dos braços e que estava melhorando aos poucos. No entanto, nas semanas anteriores, outras doenças crônicas – como insuficiência renal e osteoartrite – complicaram o quadro de saúde do animal, que passou a sofrer de anemia e desidratação. “Devido à idade avançada e à ação conjunta destas enfermidades, seu estado clínico se agravou gradativamente nas últimas semanas, não apresentando resposta clínica satisfatória ao tratamento intensivo realizado”, disse a fundação em nota.
A instituição divulgou nota na segunda-feira sobre a morte do animal. “A Fundação Zoo-Botânica de Belo Horizonte informa que o laudo de necropsia do Gorila Idi foi finalizado e a conclusão da causa mortis foi de insuficiência renal crônica associada a poliartrite crônica-ativa, confirmando a suspeita clínica informada anteriormente. O laudo foi elaborado pela equipe de Médicos Veterinários da FZB-BH e do Setor de Patologia da Escola de Veterinária da UFMG, onde foram realizados todos os exames complementares”, diz a instituição. Quanto ao laudo completo, a fundação afirma que é um documento interno e por isso não divulgou.
Fonte: Terra

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