quinta-feira, 5 de julho de 2012

Cães acorrentados não são felizes !



DIVULGAÇÃO

Todos os especialistas em comportamento e bem-estar animal e todas as associações de defesa animal são unânimes em afirmar que acorrentar um cão é desumano e provoca uma dose considerável de sofrimento físico e psicológico ao animal.
Os cães são, por natureza, animais sociais que precisam da interação com pessoas e outros animais para se sentirem bem. No seu estado selvagem os cães, tal como os lobos, vivem em grupos (matilhas) que caçam, brincam e dormem em conjunto. Um animal acorrentado sozinho num local durante horas, semanas, meses ou mesmo anos, vai necessariamente transformar-se num animal frustrado e infeliz. Por mais dócil e meigo que fosse antes de passar a viver preso, vai tornar-se neurótico, ansioso e agressivo.
Em muitos casos, os pescoços dos cães acorrentados ficam em carne viva e infectados devido a coleiras demasiado apertadas e aos puxões contínuos que dão à corrente para se tentarem libertar. As correntes podem também facilmente emaranhar-se em outros objectos, asfixiando ou estrangulando os cães até à morte.
Infelizmente, os cães acorrentados raramente recebem atenção suficiente. Recebem alimentação insuficiente, água raras vezes renovada e muitas vezes derramada, cuidados veterinários inadequados, falta de exercício, e estão sujeitos a temperaturas extremas. Têm de comer, dormir, urinar e defecar numa única área confinada. A relva é normalmente transformada em terra dura pelo contínuo caminhar do cão. Os cães acorrentados raramente recebem o mínimo de carinho e são quase sempre ignorados pelos seus guardiães.
Para se tornarem animais de companhia bem ajustados, os cães devem interagir com pessoas diariamente e praticar exercício regular. Nunca deve ser permitido manter um animal continuamente acorrentado.
Se você conhece um cãozinho que vive assim, veja algumas dicas de como ajudá-lo:
A primeira coisa a fazer é aproximar-se do guardião do cão.
Leve um amigo consigo por motivos de segurança, e toque à campainha da casa onde vive o animal que pretende ajudar. É muito importante ser simpático e amistoso, e demonstrar respeito pelo guardião do cão. Como forma de abordagem e para quebrar a tensão ofereça uma embalagem de guloseimas caninas para o cão.
Se o detentor lhe parecer receptivo, pergunte-lhe o nome do cão e se pode ir com ele conhecê-lo. Desta forma, terá oportunidade de conhecer o cão e compreender porque é que está acorrentado. Na maioria das vezes, poderá ajudar resolvendo o problema que levou a que o cão fosse acorrentado. Por exemplo, se o cão está acorrentado para não acasalar com uma cadela, ofereça-se para ajudar na esterilização do mesmo. Caso não possa pagar o valor total da esterilização, envie um email para oba@obafloripa.org que indicaremos ONGS que vendem vale castração a preço
social, subsidiadas pelas instituições. Se o cão está acorrentado porque costuma saltar as grades/telas, ofereça-se para aplicar   extensões, para instalar um  sistema de guia com roldana.
Se o cão está acorrentado porque o guardião não o quer, ofereça ajuda para encontrar um novo lar para ele. Leve material informativo sobre os malefícios de manter um animal acorrentado.
Seja construtivo, Não Crítico
Se o cão estiver muito magro, infestado de parasitas e infeliz, NÃO critique o detentor do cão. Isso só vai levar a que ele crie resistência à sua intervenção para melhorar a vida do animal. Diga apenas: “Eu tenho desparasitante de pulgas em casa, posso trazer para aplicar no “Tobias” ou “Eu acho que o “Tobias” ficaria melhor com mais algum peso. O que acha se eu lhe trouxer um saco grátis de comida para ele?” ou “Eu gosto de escovar cães. Posso aparecer de vez em quando e retirar estes nós do pelo do Tobias?”
Tente manter um bom relacionamento com o guardião do cão.
Algumas pessoas acorrentam os cães com o objetivo de os transformar em cães de guarda. Explique ao guardião que os cães acorrentados não são os melhores cães de guarda. Cães acorrentados tornam-se agressivos, não protetores. Um cão agressivo ataca qualquer pessoa: o filho do vizinho, uma visita, o carteiro, etc. A forma de criar um cão guarda, que sabe distinguir amigo de ameaça, é socializar o cão e incluí-lo na família, dentro de sua casa.
Além disso, pergunte o que pode fazer um cão acorrentado para impedir um intruso de entrar na sua casa para além de latir?
Deve manter dois objetivos em mente quando estiver conversando com o guardião de um cão acorrentado:
1. Educar o guardião no sentido de o fazer considerar o cão sob outro ponto de vista; como um ser vivo que precisa de amor, atenção e cuidados.
2. Melhorar um pouco a qualidade de vida do cão é melhor do que não fazer nada. Mesmo se tudo o que pode fazer é passear o cão uma vez por semana e oferecer-lhe uma boa Casinha, uma coleira à medida e alguns brinquedos para cão, já irá deixar o animal em melhores condições do que o encontrou.
Divulgue, repasse!

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