quinta-feira, 23 de agosto de 2012

bama mata e incinera galos que eram explorados em rinhas em Picos (PI)

Por Robson Fernando de Souza (da Redação)

Galo explorado em rinhas. Foto: Reprodução/Ilustração
O Ibama mostra o quão esquizofrênica e especista é sua política de tratamento dos animais. Enquanto preserva a vida de animais considerados silvestres e lhes devolve a liberdade no limite de suas capacidades, trata como lixo a vida de tantos outros animais que deveriam ser tutelados e protegidos pelo Estado brasileiro. Dessa vez a instituição matou, em Picos (PI), vinte galos que eram explorados em rinhas e incinerou seus cadáveres.
A desculpa, a mais especista e objetificante possível, é que os animais não podiam ser mantidos vivos porque “o consumo de sua carne pode trazer prejuízos à saúde humana”. O Ibama, diferentemente até mesmo de grande parte da sociedade, vê até mesmo animais vítimas de maus tratos como meros pedaços de carne – e neste caso, como nada mais que pedaços de carne podre. A instituição matou os animais com injeção letal antes de queimar seus corpos num incinerador.
Os galos eram explorados numa casa no bairro do Junco, em Picos, e o responsável pelas rinhas foi identificado e deverá ser multado e talvez preso. O interessante aqui é que o chefe substituto do Ibama no município afirma, segundo o portal 180graus, que “a pena [a ser imposta ao explorador dos galos] varia de seis meses a 1 ano de prisão e a multa é de R$ 500 a 3 mil reais, por unidade (sic)”, deixando claro que os galos não são considerados pelo Ibama seres conscientes sujeitos de direito, mas sim meras unidades de um objeto de marca.
O Ibama, além de violar o Decreto-Lei 24.645/34, Art.1º – que afirma que todos os animais do Brasil são tutelados, e não mantidos sob propriedade, pelo Estado -, revela sua práxis de duplipensar moral. Enquanto salva e liberta uns, mata e queima outros e ainda autoriza o aprisionamento e exploração de tantos outros. É esse o poder público que deveria zelar pela fauna doméstica, domesticada ou silvestre?
Fonte:  anda

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