quinta-feira, 9 de agosto de 2012

Conheça Lek, uma pequena ativista que está mudando a visão da Tailândia sobre os elefantes


Essa baixinha sorridente “move montanhas” na Tailândia
Na última semana, foi exibido em São Paulo, no bairro de Pinheiros, o documentário “Sumiço dos Gigantes”. Dezenas de pessoas compareceram à “Sala Crisantempo” e puderam conhecer a história da ativista Sangduen “Lek” Chailert, que está transformando a vida dos elefantes domesticados da Tailândia e a visão do povo tailandês sobre estes animais. Tratados como animais de pecuária, os elefantes domesticados do país não têm proteção de serem mutilados ou mortos por treinadores cruéis, que exploram os animais para o mercado de passeios turísticos e para trabalhos forçados como carregar troncos de árvores entre outros.
Lek fundou, em 1996, o “Elephant Nature Park“, um santuário para animais maltratados. A missão desta pequena gigante é conscientizar o povo da Tailândia de que os elefantes não devem ser torturados ou usados para negócio. É uma jornada, no mínimo, corajosa, pois a exploração dos elefantes existe no país há séculos e é vista como normal pela grande maioria da população local.
A ativista conta com sua garra e força de vontade para dedicar 24 horas de seu dia para cuidar de elefantes órfãos e maltratados. Ela mora com eles. Além de recuperar animais das mãos de treinadores quando recebe as denúncias, Lek tem outro problema a enfrentar todos os dias: o mercado do marfim. Muitos elefantes têm suas presas arrancadas e sangram até morrer por conta deste comércio.
A exibição do filme fez parte do projeto Cine-Clube Socioambiental e contou ainda com bate-papo com 3 profissionais que têm alguma relação com o documentário:
Mônica Peres Menezes – geóloga
Conheceu de perto o santuário de Lek e falou um pouco sobre sua experiência por lá. Contou como é trabalhoso cuidar de cerca de 40 elefantes com poucos recursos.
Caroline Mery – Veterinária responsável pelo Zoológico de São Paulo
Indagada sobre a questão dos zoológicos explorarem animais para o entretenimento, a veterinária disse que os elefantes que se encontram hoje no zoológico do município vieram de maus tratos de circos ou de outros zoológicos menores, não foram comprados. Ainda assim, admitiu que zoológicos não são o melhor lugar para estes animais e foi diplomática sobre a questão da cobrança de ingressos e se disse favorável à criação de santuários.
Júnia Machado (projeto ElephantVoices Brasil)
A representante do projeto mundial que dá voz aos elefantes que sofrem maus tratos falou sobre a questão dos animais em circos no Brasil e disse que a Elephant Voices está empenhada em ajudar na aprovação da lei que vai proibir que circos exibam animais em todo o território brasileiro. Entre os maiores projetos da atuação da ONG no Brasil está a criação de um santuário para elefantes. Este espaço será decisivo na vida dos elefantes que serão aprrendidos nos circos caso – ou quando – a lei que proibe animais em espetáculos públicos for aprovada no país todo.


Com informação de: vista-se

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