quarta-feira, 29 de agosto de 2012

Mais pinguins aparecem na costa de Salvador

Mais dois pinguins foram encontrados na costa marítima de Salvador, desta vez, na praia de São Tomé de Paripe, região do subúrbio ferroviário, nesta terça-feira (28).
Com eles, são 91 pinguins já recebidos apenas no mês de agosto pelo Centro de Triagem de Animais Silvestres (Cetas), órgão do Ibama (Instituto Brasileiro do Meio Ambiente e dos Recursos Naturais Renováveis) responsável pela recuperação dos animais.
A médica veterinária do Cetas, Fernanda de Azevedo Libório, afirma que os animais chegam muito debilitados e que 40% dos 91 não sobreviveram. “Os pinguins têm média de 4,5 kg e eles chegam aqui com 1 kg, 1,5 kg, os mais gordinhos chegam com 2,5 kg. Alguns chegam com sintomas de intoxicação, com lixo no estômago, ou doenças como pneumonia. Aqui tem um com anzol preso no intestino”, lamenta a profissional. Além da capital baiana, o Cetas de Porto Seguro tem, hoje, 50 pinguins em recuperação, segundo o órgão.
Parte dos pinguins que aparece em locais como o litoral da Bahia migra de regiões intermediárias, onde faz frio, em busca de locais com temperaturas mais amenas, como a costa brasileira. De acordo com a veterinária Fernanda de Azevedo Libório, o destino final dos pinguins é a Patagônia, na Argentina.
Equipe da Coppa fizeram resgate de animais (Foto: Reprodução/ TV Bahia)
“Os animais que aparecem por aqui são jovens inexperientes, pegam outra corrente marítima, se perdem. A nossa ideia é que os animais que estão com melhor saúde sejam enviados para o Espírito Santo na semana que vem. Lá, vão terminar o processo de recuperação e, com um navio, serão soltos em alto mar. E assim analisar se conseguem voltar à Patagônia”, explica. A viagem até a cidade capixaba ocorre de carro, durante 15 horas. Por isso, os animais precisam de resistência.
Na Bahia, os pinguins já apareceram no Farol da Barra e em Itapuã, em Salvador, além de localidades na Ilha de Itaparica e na região sul da Bahia.
O Cetas conta com apoio do projeto Tamar, que tem doado peixes para as refeições dos pinguins – são quatro por dias -, e do Instituto do Meio Ambiente e Recursos Hídricos (Inema), órgão da Secretaria do Meio Ambiente da Bahia (Sema), que também fornece alimentos, além de estagiários.
O resgate dos pinguis é realizado pela Companhia de Polícia de Proteção Ambiental (Coppa). Segundo a médica veterinária, o período de migração dos pinguins deve terminar até o mês de novembro.
Fonte: G1

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