sexta-feira, 28 de setembro de 2012

Atleta alemão afirma que dieta vegana é uma vantagem na recuperação e resistência


Nico Pfitzenmaier compete sem comer carne, ovos, leite, farinha e seus derivados
(Foto: Pedro Sibahi)
Quebrando a hegemonia dos suplementos alimentares em esportes de alto rendimento, alguns dos atletas na Brasil Ride suprem suas necessidades com mais alimentos naturais e menos industrializados. Há ciclistas que chegam a evitar os famosos sachês de gel e barras de proteína, apostando em sementes oleaginosas ou comidas regionais.
O exemplo mais extremo de um esportista que vive sem utilizar suplementos é Nico Pfitzenmaier, 41 anos, alemão que vive na África do Sul. Ele é vegetariano há 20 anos, mas de 2010 para cá resolveu se tornar vegano e não consome nenhum alimento de origem animal, o que inclui todos os tipos de carne, ovos, leite e seus derivados.
“A primeira pergunta que fazem é qual minha fonte de proteína, porque na nossa sociedade ela é associada a carne”, conta o atleta. “Meia palma de amêndoas tem uma quantidade maior que um ovo”, explica. Segundo ele, muitas sementes, como quinoa e chia, têm nutrientes proteicos de alta qualidade, que o corpo pode absorver sem ser estressado. “Para digerir carne, o processo leva até 72 horas, e nesse caso o sistema digestivo sempre fica cansado”, relembra.
Para suprir sua demanda de carboidratos, Pfitzenmaier diz que usa praticamente só arroz integral. “Tem que ser, porque o grão branco não tem casca, que contém proteína, minerais, fibras, além de ser muito ácido”. Outro elemento que ele evita é a farinha e seus subprodutos, como pães e massas. A justificativa é a mesma do leite e arroz branco: acidez.
Segundo o ciclista, “carne, leite e todos os produtos de farinha são muito ácidos, e isso traz radicais livres, que atacam o corpo e o sistema imunológico. O que descobri é que uma dieta alcalina é o segredo para uma boa saúde e recuperação de atletas”. Para o alemão, “essa é uma vantagem grande de ser vegano, a nossa nutrição é basicamente alcalina”.
Durante as competições ele come muitas frutas, como bananas e tâmaras, além de amêndoas e uma alga chamada spirulina, que considera muito boa para os esportistas. “Para mim, manter essa dieta é uma vantagem para recuperação, níveis de energia, bem estar, sistema imunológico e minha resistência. É uma contradição para a maioria das pessoas”, admite.
Fonte: Webventure

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