sexta-feira, 7 de setembro de 2012

Fazer alterações nas estradas para evitar morte de animais

Portugal
Investigadores portugueses propõem alterações nas estradas, desde a elevação de bermas ao corte da vegetação, para evitar a elevada taxa de mortalidade de espécies, como corujas ou fuinhas, ao colidirem com os veículos.
O efeito das estradas na fauna é seguido há muito por um grupo de biólogos do Centro de Biologia Ambiental da Universidade de Lisboa, em colaboração com as empresas responsáveis pela gestão e manutenção das vias rodoviárias – BRISA e Instituto de Estradas de Portugal.
Um novo trabalho, que é hoje publicado na revista norte-americana PLOS ONE, estudou o comportamento da coruja das torres e da fuinha, uma ave e um mamífero, duas das espécies mais atingidas pelos acidentes nas estradas, para compreender como evitar o elevado número de mortes.
Entre 2004 e 2008, entre as corujas das torres registou-se uma mortalidade anual de 47 indivíduos por cada 100 quilómetros, “uma taxa bastante elevada”, segundo a investigadora Clara Grilo.
A cientista explicou à agência Lusa que as estradas causam a morte por atropelamento, mas também têm o efeito barreira, ou seja, afastam os animais e as populações acabam por isolar-se e correr o risco de extinção.
Além da preocupação com a conservação das espécies, os investigadores atendem ao problema da segurança rodoviária, pois o aparecimento repentino de um animal na estrada pode provocar acidentes com consequências para os ocupantes do veículo.
Fonte: DN

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