quarta-feira, 10 de outubro de 2012

Conheça o trabalho pioneiro da ONG Lynx contra o uso de peles

Lynne Kentish foi uma das fundadoras da campanha antipeles do Lynx (Foto: Reprodução
Por Lobo Pasolini (da Redação)
Há alguns anos campanhas antipele com celebridades tornaram-se uma das facetas mais visíveis do ativismo pelos direitos dos animais. Mas foi uma ONG inglesa que trinta anos atrás fez um trabalho pioneiro que profissionalizou o movimento contra o uso de peles.
Chamada Lynx (que significa lince em português), a ONG de Lynne Kentish (foto à esquerda) foi quem conseguiu a grande faceta de extinguir as fazendas de peles no Reino Unido, o que aconteceu em 2003. As informações são do site britânico EADT24.
A organização foi fundada em 1985 por Lynne e seu então marido Mark Glover. Eles perceberam que para chamar a atenção eles precisariam da ajuda de famosos (na época ninguém era chamado de celebridade) e conseguiram o apoio de modelos, músicos e fotógrafos. Eles então produziram um série de campanhas e golpes de publicidades que não apenas fizeram o uso de peles algo démodé mas também transformaram em pária quem ignorasse sua mensagem de compaixão pelos animais.
Campanha feita por Linda McCartney (Foto: Reprodução)
O trabalho da organização brilhou durante sete anos mas acabou no começo da década de 1990 quando a ONG foi processada, causando um custo pessoal alto para todos os envolvidos. O casamento de Lynne e Mark acabou e Stefan Ormrod, que trabalhava para a campanha, mais tarde cometeu suicídio.
Hoje em dia Lynne mantém um projeto educativo chamado Lynx Theatre in Education Projects, que apóia e viaja por escolas com produções sobre bem estar animal e questões conservacionistas.
O projeto ficou tão popular na época (anos 80), quando na Inglaterra houve um grande interesse em questões animais e ecológicas, que suas camisetas eram usadas até por aqueles que não se interessavam muito pelo assunto. Elas eram vendidas em lojas em Londres, Cambridge e Nottingham.
Siouxsie Sioux (Foto: Reprodução)
Uma das campanhas mais famosas foi a criada pelo famoso fotógrafo David Bailey e chamada “animais estúpidos”. A campanha apareceu em cinemas e posters e mostrava uma modelo na passarela arrastando um casaco de pele sujo de sangue com o slogan: são necessários até 40 animais estúpidos para fazer um casaco de pele mas apenas um para usá-lo.
Uma outra campanha famosa foi feita com a apoio de Linda McCartney, que emprestou seus serviços como fotógrafa.
Entre outros famosos que apoiaram as campanhas da Lynx estavam Twiggy, Yasmin LeBon, Chrissie Hynde e Siouxsie Sioux.
“As empresas não levaram a gente muito a sério e foram pegas de surpresa”, diz Lynne. Não demorou muito para muitas das principais lojas de departamento no país fecharem suas seções de pele e por causa da queda de vendas as fazendas de pele também tiveram que fechar.
Lynne lembra do período da Lynx como uma época muito criativa, com ações como dia de anestia para casacos de pele, quando as pessoas eram convidadas a trazer seus casacos para a Trafalgar Square em Londres (principal praça da cidade) de modo que os animais pudessem ter um enterro decente.
Lynne e Mark Glover (Foto: Reprodução)
Ela reconhece que infelizmente o comércio de peles persiste em muitas partes do mundo, com animais ainda sendo pegos em armadilhas cruéis ou criados em condições horríveis. Mas ela acredita que pelo menos no Reino Unido ele jamais fará um retorno significativo.
“Nós temos muito orgulho do que fizemos. Nós fizemos uma grande diferença. Centenas de milhares de animais que seriam mortos não estão sendo mais mortos,” ela disse.

fonte: anda

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