sábado, 27 de outubro de 2012

Égua cai em banhado e é socorrida por populares


Às 7h de quinta-feira (18), iniciou o esforço dos moradores de Tramandaí tentando salvar a vida de uma égua que caiu em um banhado localizado em um beco da rua Sidnei Ferri, bairro Indianópolis. O animal foi retirado da água, mas estava fraco demais para levantar, por isso, ficou debatendo-se no chão durante horas. O tutor da égua foi localizado e alegou que não podia fazer nada para ajudar, pois o animal só estava cansado e ficaria bem em breve.
A moradora Jussani Aparecida conta que às 7h a manhã entrou em contato com a prefeitura e foi informada que alguém iria aparecer para socorrer o animal em breve, no entanto, nenhum veterinário público se deslocou até o local.
Carmem Regina de Jesus avistou o animal às 7h45 e entrou em contato com os órgãos responsáveis e também não obteve sucesso. De acordo com a moradora, a Patram – Patrulha Ambiental da Brigada Militar, afirmou que o problema era de responsabilidade da Vigilância Sanitária.
A Vigilância Sanitária foi informada do caso, e alegou que o veterinário responsável, Celso Grillo, só atendia animais de pequeno porte, e quem deveria fazer o atendimento seria o veterinário da Secretaria de Pesca e Agricultura, que também não foi localizado.
O Curral Municipal apareceu no local às 10h30, no entanto, não pode transportar a égua para um lugar mais adequado devido às péssimas condições do animal.
Enquanto o socorro não aparecia, moradores faziam o que podiam para ajudar a égua. Vanessa Machado e Jussara da Rosa deram água e soro caseiro para o animal em uma mamadeira, pois ela estava fraca de mais para beber sozinha. Com a ajuda de populares, Vanessa, juntou placas e móveis velhos para fazer sombra ao cavalo.
“É um absurdo o que está acontecendo aqui. Eu fiz o que pude, liguei para todos os órgãos públicos, mas um empurrou para o outro e ninguém resolveu nada”, afirmou Vanessa.
Foto: Reprodução/Jornal Dimensão
Jussara da Rosa, também não mediu esforços para ajudar o animal, e se indignou com o estado em que a égua se encontrava. “Espero que essa égua nunca mais volte para os antigos tutores. As pessoas precisam entender que hoje em dia não existem tutores, mas protetores. A função deles é cuidar e proteger o animal, e não deixar o bicho nesse estado”, alegou.
Carmem Regina conseguiu contato com o veterinário particular Jhony Huller que se deslocou até a égua e medicou o animal às 11h50.
De acordo com o veterinário, a égua estava muito magra e muito fraca por ficar muito tempo se debatendo. Era preciso retirar o animal do local, para evitar uma hipotermia devido à umidade do gramado, no entanto, o transporte deveria ser feito com muito cuidado para que a égua não sofresse mais lesões.
Às 11h55, o Curral Municipal foi avisado que a égua poderia ser transportada, e às 14h15 o pegador de cavalos, Jorge Luis Lisca, levou o animal para o Curral Municipal, tomando as devidas providências para que a égua não sofresse na viagem.
De acordo com o tutor da égua Gilmar Teixeira, o animal foi adquirido há uma semana e já estava magro. Ele alega que amarrou a égua próximo ao banhado, mas não pensou que o animal pudesse cair, e que fez o que podia, ou seja, ajudou a retirá-la da água. “Ela está cansada, está estressada, tem que deixar ela quieta ali deitada, até a tarde ela levanta bem de novo”, afirmou.
Uma moradora da casa em que o tutor da égua residia, que preferiu não se identificar, estava revoltada com as pessoas que tentavam ajudar o animal. “Essa gente não tem o que fazer. Não sei para que chamar polícia, bombeiro, é só uma égua. Elas que vão procurar o que fazer em casa ao invés de ficar se metendo na vida dos outros”.
Os moradores de Tramandaí que ajudaram a salvar o animal denunciaram o tutor da égua à Patram por maus-tratos.

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    verdade na expressão