terça-feira, 4 de dezembro de 2012

Aves são exploradas até a morte em rinhas de galo pelo Brasil

Por Rafaela Pietra (da Redação)



Animais resgatados em Ribeirão das Neves Foto: Divulgação/G1/Globo Minas
No último final de semana, rinhas de galo foram deflagradas em dois estados diferentes do Brasil. A Polícia Ambiental de Maringá prendeu, por volta das 13h deste domingo, 2 de novembro, quatro homens que promoviam rinhas na região do município de Paiçandu (a 16km de Maringá), no Paraná.
Segundo o jornal O Diário, o flagrante, realizado graças a uma denúncia anônima, resgatou mais de 15 galos. Os animais e os criminosos foram encaminhados à Delegacia Civil de Paiçandu.
A outra apreensão foi realizada em Ribeirão das Neves, na Região Metropolitana de Belo Horizonte, MG, também no último domingo. Cerca de 41 pessoas foram detidas e serão investigadas por maus-tratos a animais em promoção de rinhas de galo na região. A apreensão também foi realizada após uma denúncia anônima e, de acordo com a Polícia Militar (PM),  cerca de 56 aves, algumas delas feridas, foram resgatadas.
Segundo o portal R7, os suspeitos foram detidos em flagrante, em uma casa no bairro Justinópolis, onde os animais eram usados para os combates.
Com estes suspeitos, a polícia também encontrou materiais usados para maltratar os animais em duas arenas de lutas, como biqueiras de aço, seringas, tesouras e agulhas.
Os homens ainda declararam que gostavam de ver os galos brigando. “Cada um tem um hobby. O meu é briga de galo”, afirmou um dos suspeitos.
Impunidade
Os acusados presos em Paiçandu, PR, já estão em liberdade e aguardarão assim o processo de crime ambiental e maus-tratos à animais, até julgamento.
Assim como em Paiçandu, a justiça de Ribeirão das Neves também pode colocar em liberdade os acusados.
Galos são explorados e maltratados até a morte Foto: Divulgação/G1/Globo Minas
Segundo a Lei 9.605, de 1998, a pena para abuso ou maus-tratos a animais domésticos ou silvestres, nativos ou exóticos é de três meses a um ano de prisão e multa, mas, nosso maior problema, é a certeza de impunidade para atos absurdos como estes. Promover ou permitir que animais lutem até a morte é cruel, abusivo e criminoso, e mesmo tendo a lei à nosso favor, ver a justiça sendo feita para estes crimes é muito difícil.
Só o que resta são animais mutilados, feridos ou mortos, vitimas da ignorância, da crueldade e da impunidade.
Este tipo de violência só terá fim se as denúncias continuarem a ser realizadas e se a sociedade continuar a exigir justiça.
fonte: anda

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