domingo, 2 de dezembro de 2012

Mascote da Copa de 2014, tatu-bola é massacrado por caçadores no Piauí


CRUELDADE E GANÂNCIA


(da Redação)
Enquanto ainda se discutem banalidades sobre o animal escolhido para representar o mascote da Copa do Mundo de 2014, o tatu-bola (Tolypeutes tricinctus) da vida real continua sendo massacrado por caçadores e pessoas inescrupulosas. A jornalista Cinthia Lages mostrou em reportagem para TV, imagens e fotos das crueldades cometidas contra essa espécie por caçadores que agem no Parque Nacional da Serra da Capivara, patrimônio cultural da humanidade, localizado no sudeste do Estado do Piauí.
Alguns flagrantes de crueldade cometidas contra essa espécie que está em extinção. Foto: reprodução.
São cenas tristes, terríveis que prejudicam inclusive a imagem do país sede da Copa perante o mundo. Segundo a jornalista Cinthia Lages, a crueldade dos caçadores não tem limites. Após a captura esses criminosos sangram o tatu-bola para que ele possa ser transportado em barbantes. O animal é assassinado sob encomenda para satisfazer o paladar exótico. Geralmente as encomendas são feitas por pessoas ricas e poderosas, incluindo políticos.
O tatu-bola, animal símbolo da Copa integra a lista nacional de espécies da fauna brasileira ameaçadas de extinção. A organização ambiental União Internacional para a Conservação da Natureza (IUCN, na sigla em inglês) considera o tatu-bola como “vulnerável” na natureza. Entretanto, há grandes chances de uma reclassificação para “criticamente ameaçado”, de acordo com o Castro, que explicou que essa denominação seria um sinal amarelo antes de um provável colapso da espécie.
Sua população está distribuída por nove estados brasileiros, na Caatinga e no Cerrado, que perdem vastas áreas de vegetação devido à expansão urbana, às queimadas e à produção de carvão vegetal – grande parte na ilegalidade.
Veja abaixo a reportagem da jornalista Cinthia Lages, que é apresentadora da Rede Meio Norte, em Teresina (PI):
Nota da Redação: A inconsciência e a ganância humanas, para além das atrocidades cometidas contra outras espécies e o planeta, está nos levando a autodestruição. Não nos faltam recursos tecnológicos, avanços científicos, conhecimentos profundos sobre as mais diversas áreas, mas não temos o principal: consciência. Se a sociedade da época tivesse considerado o discurso do Cacique Seattle, chefe de duas tribos indígenas americanas que defendeu, em 1854,  a importância do respeito ao meio ambiente, certamente estaríamos vivendo num mundo mais justo e onde os direitos de todos, animais humanos e não-humanos, seriam mais respeitados. Relembremos aqui pequenos trechos desse belo pronunciamento de respeito à natureza e seus habitantes, que sabe por repetição as autoridades entendam.  
“…Que será dos homens sem os animais? Se todos os animais desaparecessem, as pessoas morreriam de solidão espiritual. Porque tudo isso pode cada vez mais afetar a humanidade. E ao final do discurso ele profetiza: “Onde está a floresta? Desapareceu. Onde está a águia? Desapareceu. É o fim da vida e o início da sobrevivência”.
fonte: anda

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