domingo, 16 de dezembro de 2012

Pesquisadores recorrem à engenharia genética para proteger elefantes pigmeus

Bornéu
O estudo pesquisou o DNA de 10 elefantes pigmeus, entre eles Chendra, na foto. Foto: Reprodução


Para ajudar a proteger os elefantes pigmeus da ilha de Bornéu (Ásia), pesquisadores europeus estão recorrendo à engenharia genética. As informações são da LiveScience e do Huffington Post.
O objetivo é entender a diversidade genética desta espécie de elefantes. Em número aproximado de 2 mil indivíduos, estes elefantes com aparência de filhotes são a subespécie de elefante asiático mais ameaçada de extinção. Eles vivem principalmente no estado de Sabah em Bornéu, onde são ameaçados devido à destruição das florestas, frequentemente associada ao povoamento e desmatamento para extração de óleo de palma.
“Nós estamos interessados em olhar para a diversidade de elefantes pigmeus e para a sua distribuição por todo o estado”, disse o pesquisador Reeta Sharma, um cientista com pós-doutorado do Instituto Gulbenkian de Ciência (IGC), em Portugal.
Sharma e seus colegas querem ver como a diversidade genética está distribuída dentro da população de elefantes de Bornéu e como a fragmentação – ou a destruição – de seu habitat está afetando-a, por exemplo, pelo isolamento de grupos de elefantes. O aumento do isolamento pode ser problemático porque leva à endogamia, o que pode gerar animais doentes e vulneráveis. Em outras palavras, o isolamento gerado pela destruição do habitat resulta em uma baixa diversidade genética nos elefantes.
Para avaliar esta diversidade, os pesquisadores estão recorrendo ao método da abordagem genômica, um processo altamente sofisticado que consiste em estudar o código genético do animal, mais precisamente, o sequenciamento apresentado em seu DNA.
Apenas um estudo anterior, publicado em 2003, conduziu uma análise genética de elefantes de Bornéu. Usando informações obtidas a partir de outros elefantes asiáticos, o estudo em questão encontrou baixos níveis de diversidade entre esses elefantes, mas na ocasião não foram utilizadas técnicas de seqüenciamento.
Visando a preservação, a abordagem genômica pretende identificar espécies raras e ameaçadas de extinção em que pouco ou nenhum trabalho de genômica foi feito antes, de acordo com Lounès Chikhi e Reeta Sharma, cuja pesquisa foi publicada em novembro na revista PLoS ONE.
Outros cientistas também estão começando a aplicar genômica para estudar espécies ameaçadas de extinção.
Por exemplo, em junho de 2011, pesquisadores relataram estudos de seqüenciamento genômico de dois demônios da Tasmânia, na esperança de fornecer informações que possam ajudar os conservacionistas a proteger os animais de um câncer facial devastador.
fonte: anda

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