quinta-feira, 13 de dezembro de 2012

Rússia começa a ganhar destaque na defesa dos direitos animais



Por Patrícia Tai (da Redação)
Iniciativas pioneiras na Rússia estão ganhando a atenção crescente de grupos de direitos animais que trabalham por um mundo mais humano, em que a crueldade para com os animais desapareça completamente, quer seja a crueldade da caça por peles, da matança para consumo de carne ou o absurdo da crueldade dos testes em laboratórios.
Entre as iniciativas que têm chamado a atenção está a adoção de métodos que não utilizam testes em animais na produção de cosméticos por cientistas russos. A Humane Society International (HSI) e o Instituto de Ciências In Vitro (IIVS) colaboraram recentemente com o financiamento de oficinas para onze cientistas russos, para ensinar métodos que não utilizam animais em laboratórios.
Troy Seidle, Diretor de Toxicologia e Pesquisa da HSI, destaca as abordagens feitas por cientistas russos em seu artigo “Cosméticos sem testes em animais, na Rússia e além” e afirma que os usos de protótipos tridimensionais de pele humana e de simulações avançadas em computador não só estão disponíveis mas também, felizmente, estão aumentando em todo o mundo. Estes testes “são mais rápidos, mais baratos, mais relevantes para os seres humanos e não envolvem sofrimento animal, fornecendo uma situação ‘ganha-ganha’ que as empresas, os cientistas, os decisores políticos e os protecionistas animais podem abraçar”, declara Troy.
“Muitos consumidores não sabem que os animais ainda sofrem para testes de cosméticos. Produtos químicos são empurrados para dentro de gargantes de coelhos e outros animais, pingados em seus olhos e aplicados em suas peles”, acrescenta o diretor. Os testes em animais estão proibidos na União Europeia, mas continuam no restante do mundo e a HSI luta para que outros países também adotem métodos alternativos que sejam livres de crueldade em animais.
Outra postura que a Rússia assumiu recentemente está relacionada ao envolvimento em um esquema para proteger os ursos polares, baseada na proposta dos EUA de que a população de ursos polares aumente ao nível máximo até a próxima reunião da Convenção sobre o Comércio Internacional de Espécies Ameaçadas de Fauna e Flora Selvagens (CITES), em março de 2013. A Convenção luta pela proibição efetiva do comércio internacional de ursos polares, mas a União Europeia votou contra este nível de proteção na última conferência mundial da CITES em março de 2010.
As iniciativas da HSI, do Peta e de outras organizações internacionais são um sinal de que existe humanidade e que o trabalho conjunto e articulado entre as ONGs e a sociedade pode ajudar a trazer o respeito e criar um mundo que respira valores éticos comuns. E, segundo o autor desta matéria, a atuação da Rússia parece estar avançando nesse sentido.
    fonte: anda

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