sexta-feira, 29 de março de 2013

Bastidores dos animais em circo, o caso da Leoa Morelia 29 de março de 2013

Por Aline Talavera (da Redação)


México – Os domadores afirmam que existe um tratamento digno e respeitoso com os animais, com, por exemplo, o uso de instrumentos como o espigão que é unicamente usado para guiar elefantes como se fosse uma roda que não os machuca.
Teresa Moreno é veterinária e responsável técnica por cerca de 80 circos mexicanos. “Eu realizo visita e me comunico constantemente com todos os meus representantes e sempre buscamos evitar que eles sejam maltratados e que estejam na melhor condição possível. Não posso garantir, porque não realizo o cuidado pessoalmente, pois isto depende mais da pessoa que o realiza, mas claro que o tratamento adequado é justamente a meta,” afirma Teresa para o jornal Zocalo.
“Além disso, o manejo deste tipo de animais requer muito cuidado, muita atenção. Assim, você conquista o animal desta maneira, enquanto ainda estamos nos conhecendo eu quase não tenho contato com eles, somente trabalho verbalmente com os animais.”
O porta-voz do circo Atayde Hermanos afirma que os vídeos disponíveis na internet nos quais se vêm os treinamentos realizados com golpes e punições são muito antigos e não refletem a realidade. Atualmente, as rotinas de treinamento são realizadas por meio de estímulos, com compensações toda vez que o animal realiza bem o seu trabalho.
“Um animal é um bem muito caro, considerando tanto do ponto de vista material, pois ter elefantes representa investimento para as empresas. Portanto, não faz sentido maltratá-los, fazendo-os sangrar ou os colocando em perigo.”
Porém esta não é a mesma opinião dos ativistas em prol da causa animal. Disfarçados de elefantes, tigres e zebras, eles exigem circos sem animais, por meio de uma campanha para conscientizar a população que por trás do espetáculo existem exemplares da fauna silvestre sofrendo com goles, chicotadas, agressões nos focinhos e choques elétricos.
Antonio Franyuti, diretor da Animalnaturalis no México, comenta que “é ridículo querer forçar os elefantes a se equilibrar em duas patas, fazer com que o tigre pule em um aro de fogo… que um urso ande em uma bicicleta pequena… não é divertida a maneira de ensinar estes truques, pelo contrário, eles são torturados.”
Víctor Hirales é o representante do grupo internacional Direitos sem Fronteiras que se dedica à promoção e participação pela causa da liberdade animal.
“Todos os circos prendem seus animais, fazendo com que suas vítimas fiquem isoladas: esta é a base fundamental do circo.”
E este aprisionamento causa a maioria dos casos anormais de comportamento… os animais ficam loucos… os elefantes ficam se mexendo de um lado para o outro sem parar… automutilações e movimentos anormais.
Maricarmen García representante de um Santuário Animal esclarece que “encontramos muitos animais debilitados, anêmicos, desidratados, sem garras, presas, inclusive machucados. A maneira de domar um animal e de treiná-lo para fazer os shows e apresentações é sempre violento. Qualquer circo que lhe diga o contrário, que não maltratam animais, está mentindo.”
fonte: anda

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