quinta-feira, 11 de abril de 2013

Adolescentes amarram cão a trilhos de trem, mas animal é salvo por moradora


INTERIOR DE SÃO PAULO

Foto: Divulgação
O destino previsto para o cão Bonei era trágico: amarrado aos trilhos por dois adolescentes, seria atropelado pelo próximo trem que cruzasse a linha férrea em Lorena (a 198 km de São Paulo).
Até que Maria de Lourdes Silva, 57, impediu que ele integrasse a lista de cães supostamente mortos da mesma forma na cidade. Quatro casos, relatados por moradores nos últimos 20 dias, estão sob investigação da Polícia Civil.
Maria de Lourdes conta que, há duas semanas, regava as plantas de uma igreja vizinha a sua casa quando viu dois jovens com o cachorro.
“Quando vi os dois tentando amarrar o cão na linha férrea, fui na direção deles e perguntei o que estavam fazendo. Um deles saiu correndo e o outro ainda tentou argumentar, mas foi embora. O cachorro estava desnorteado. Então resolvi levá-lo para casa e adotá-lo”, relata.
Foto: Divulgação
Foto: Divulgação
Foi na nova casa que o cão ganhou o nome Bonei. Manso e obediente, diz a tutora, ele “come tudo o que vê” e tem como colega o poodle Benji.
Lourdes mora numa casa simples com uma filha de 30 anos, também desempregada. Diz que passa por dificuldades financeiras, mas, mesmo assim, decidiu ajudar. ”Eu gosto de fazer comida para os cachorros, mas não estou tendo dinheiro para isso. Sorte que ganhei um pouco de ração”, afirmou ela, que ainda quer dar remédios para Bonei.
A ocorrência sobre cães atropelados na cidade foi registrada por uma organização protetora de animais, após denúncias. O inquérito foi aberto nesta semana. O crime de maus-tratos, ferimento ou mutilação de animais pode levar a um ano de prisão, mais multa.

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