quinta-feira, 11 de abril de 2013

Cão ferido e abandonado nas ruas comove moradores de Jacobina (BA)

Moradores querem ajudar no tratamento do animal abandonado.
(Foto: Divulgação)

Moradores do município de Jacobina (a 330 Km de Salvador) estão inconformados com a situação de um cachorro que vive, abandonado, nas ruas do bairro Leader. O animal, que está ferido há algum tempo, é visto deitado nas calçadas das casas, sem tutor, vivendo com as sobras de comida que alguns moradores dão.
O cachorro está com um ferimento nos testículos, que, segundo a médica veterinária Milene Vasconcelos, pode se tratar de um câncer ou um Sarcoma de Sticker, um Tumor Venéreo Transmissível (TVT) que afeta cães adultos. “Claro que é preciso fazer alguns exames antes de fazer um diagnóstico, mas, de fato, a ferida se assemelha a um desses tipos de tumores”.
Uma das voluntárias a cuidar do animal, a médica veterinária se ofereceu para aplicar o tratamento, caso a prefeitura ou algum outro voluntário consiga capturar o cão. “Já me coloquei a disposição para tratar o cachorro, mas é preciso que alguém traga ele pra mim”, diz Milene.
No bairro que o cão escolheu para “morar”, o sofrimento do animal não é indiferente aos moradores. Solon Cruz diz que desde que viu o cachorro pela primeira vez não consegue mais não pensar em achar uma solução para o caso. “Quando vi o cão pela primeira vez aqui no bairro, fiquei traumatizado e não consegui mais esquecê-lo. Você já imaginou o quanto ele está sofrendo?”, indagou.
Cruz disse ainda que muitos moradores sentem pena e tentam ajudar, mas, por não terem o equipamento necessário, ficam com medo da reação do animal. Além disso, apesar de doente, o animal é veloz e não é tão simples pegá-lo quando ele consegue escapar. “Acho que por conta do ferimento ele fica muito assustado e foge quando a gente se aproxima. Acredito que com os equipamentos necessários seria possível capturá-lo. Mas, isso também é um dever do governo municipal. Eles podem nos ajudar a fazer a captura e levar para tratamento”, diz.
Procurados,  o Centro de Endemias do município informou que a cidade não dispõe de um abrigo para animais abandonados. Além disso, a cidade, que possui um número grande de cães e gatos abandonados nas ruas e alto índice de doenças do tipo leishmaniose visceral canina (LVC), também conhecida como Calazar, ainda não possui um Centro de Controle de Zoonose (CCZ).
Ao ser informada do caso, a coordenadora da Vigilância Epidemiológica da Secretaria Municipal de Saúde (SMS), Bárbara Menezes, informou que uma equipe especializada prestará atendimento ao animal.
Fonte:  A Tarde

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