sexta-feira, 12 de abril de 2013

Cry Of The Innocent: Documentário promete dar voz aos animais



Por Patrícia Tai (da Redação)
Em meio a tantos filmes nos quais os animais são tratados como objetos, como mercadorias ou seres inferiores, além de muitos que utilizam os mesmos em filmagens e os maltratam sem nenhum respeito, surge uma promessa de filme que deverá mexer com a concepção das pessoas quanto aos animais, e falar por eles.
Trata-se do documentário “CRY OF THE INNOCENT: The Voices That Can’t Speak”, que vem sendo produzido desde 2011 pela cineasta americana Kathleen Lowson. Com o título que pode ser entendido como “O grito (ou choro) do inocente: As vozes que não podem falar”, o filme inédito visa explorar fatores sociológicos que contribuem para a crueldade animal, através da abordagem do comércio de peles como sendo um inimigo generalizado que permeia a sociedade humana na atualidade.
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Kathleen, que tem um histórico de atuação em resgate de animais feridos e abandonados, diz que procura trabalhar com base na responsabilidade social, e que tenta realizar um trabalho que possa despertar a consciência coletiva de humanidade para a reverência ao reino animal e à natureza.
No site do filme, ela afirma que o mesmo não é um documentário típico sobre crueldade aos animais e que, ao invés disso, ele busca se aprofundar “nocerne da condição humana e seu efeito sobre a sociedade, sobre os animais, sobre a terra, e a extensão da compaixão, do amor e da humanidade em nosso planeta”.
Pelo que se pode ver no trailer, realmente o filme é sem precedentes – conforme o próprio texto o descreve. Ele começa dizendo que se trata de um estudo psicológico e espiritual da condição humana. O que faz muito sentido, uma vez que o que leva os homens a impingirem o mal aos animais são seus propósitos egoístas e mesquinhos. Em seguida, é questionado: “Qual é o nosso estado de consciência quando damos poder a uma indústria que lucra com a atrocidade?”.
O trailer começa com a imagem de uma foca, sozinha, em seu habitat, gritando. É feito um close delicado e lento em seu rosto, seu manso rosto, e uma permanência da câmera em seus olhos, seu olhar – olhar este que, como é impossível deixar de notar nesta cena e em tantas outras imagens de animais, é tão parecido com um olhar humano.
Mais que simplesmente contar histórias de brutalidade, a produtora do filme afirma que ele pretende envolver seus telespectadores por transmitir a verdade a partir de um nível mais profundo da psique através da perspectiva “da alma”.
E ainda mais que isso, e tão importante quanto, é a explicação da “teia” que envolve a exploração dos animais pelo mundo, os governos envolvidos nisso que é visto desde sempre como um negócio lucrativo, o patrocínio da matança, o apoio comercial que nós damos aos países que praticam a crueldade ao consumirmos seus produtos. Em suma, somos todos responsáveis pelo que acontece aos animais.
A diretora declara que a crítica contida no filme procura sondar os danos arraigados em nossa sociedade, impulsionados pela predominância do ego e da ganância - pela “condição de desconexão” na nossa sociedade, e como isso se relaciona com o tratamento indecente e desumano aos animais.
O filme também vai destacar e expor a questão do comércio de peles de cão e de gato, que é ainda, em grande parte, desconhecida pela grande maioria das pessoas, e levá-la a público internacionalmente.
Curiosamente, o nome do filme é inspirado pelo poema de Ella Wheeler Wilcox, de 1910, chamado “The voice of the voiceless”, e há um trecho apresentado no trailer:
“I am the voice of the voiceless
…And I shall fight their fight,
And speak the word for beast and bird,
Till the world shall set things right”
Que pode ser traduzido como:
“Eu sou a voz dos que não podem falar
…E eu vou lutar a sua luta,
E falar em nome das feras e dos pássaros,
Até que o mundo coloque tudo em seu devido lugar”
Há uma frase que circula pelos sites de direitos animais, atribuída a Bismarck, na qual ele diz que, “se tivesse outra vida, dedica-la-ía inteiramente à luta contra a vivissecção”. O filme em questão não fala de vivissecção e sim de peles, mas as imagens mostradas no trailer evocam exatamente esse sentimento em nós: por que não dedicarmos a nossa vida a lutar pelos que não podem falar? As situações pelas quais os animais passam atualmente – ainda atualmente, e cada vez mais, embora tudo isso já devesse ser coisa do passado – são tão degradantes, tão absurdamente inaceitáveis e surreais, que não nos deixam outra vontade ou mesmo alternativa. Não é preciso termos outra vida, podemos fazê-lo agora.
A produção do filme pede aos que se sentirem tocados pela causa ao assistirem ao trailer, que contribuam para que o filme possa ser finalizado. “Nenhuma doação será pequena demais”, é dito no site.
O filme é apoiado pelas organizações não governamentais: Humane Society International, The Humane Society dos Estados Unidos, PETA (Pessoas para o Tratamento Ético dos Animais), IFAW (Fundo Internacional para o Bem-Estar Animal), WSPA (Sociedade Mundial de Proteção Animal), AID (In Defense of Animals), Sea Shepherd Conservation Society,e Harpseals.org.
As filmagens estão acontecendo em locações de Nova Iorque, Canadá e China.
Aparições de celebridades e figuras políticas poderão incluir Martin Sheen, Brigitte Bardot, Al Gore, Paul McCartney, Pierce Brosnan, Pamela Anderson, Stella McCartney, Dennis Rodman e outros.
Visite o site Cry Of The Innocent, veja o trailler e mais informações:
No site também há um link para fazer doações.
Há uma mensagem no trailler que diz:
“O mundo irá mudar através de você
Não há outro meio de salvá-lo”
Compartilhe com seus amigos sobre o filme, pedindo ajuda para que seja dada voz aos que não têm voz e que não podem falar por eles mesmos.
fonte: anda

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