quinta-feira, 18 de abril de 2013

Doze mil toneladas de milho serão usadas para alimentar animais no Rio Grande do Norte


VÍTIMAS DA SECA


Doze mil toneladas de milho serão utilizadas para a alimentação de animais no Rio Grande do Norte. Os grãos, segundo anunciou o Governo do Estado nesta quarta-feira (17), devem chegar à Companhia Docas do Rio Grande do Norte (Codern) no dia 10 de maio e “serão repassados aos agricultores que sofrem com os efeitos da seca no estado”.
“Agora, nós precisamos garantir, em conjunto com o Governo do RN, que esse milho chegue a outra ponta”, confirmou Neri Geller, secretário de Política Agrícola do Ministério da Agricultura, Pecuária e Abastecimento, segundo nota enviada ao G1 pela assessoria de comunicação do Governo.
A logística para a distribuição do milho, ainda de acordo com a nota, será feita pelo Governo do RN e tem o objetivo de identificar quais regiões apresentam maior carência de milho para uma partilha geográfica mais justa.
Animais morrem no Norte e Nordeste
A seca que castiga a região Norte e Nordeste há mais de um ano já mudou completamente o cenário de regiões semiárida do Sergipe, Pernambuco e Ceará. Hoje a paisagem é composta por animais típicos da região, como o calango, que também está morrendo de sede, sertanejos que precisam queimar a própria vegetação da catinga para alimentar os animais e cascas de árvores que tem servido como fonte de alimentação. Milhares de animais já morreram de fome e sede no sertão.
As alterações severas de temperatura e epidemias mostram como a pecuária vulnera bilhões de animais perante situações de sofrimento intenso e morte dolorosa. Em Pernambuco, a seca já causou a morte lancinantemente sofrida de mais de 800 mil animais aprisionados em granjas e cercados.
Na Paraíba, a grande seca que se alastra nos municípios do sertão e castigando fortemente a população. A estiagem, já classificada como uma das mais intensas dos últimos anos, afeta os açudes e barragens que, secos, ficam sem condições de abastecer as comunidades. Consequentemente, as vegetações e os animais são sacrificados pela falta de água e comida.
Essa ordem de coisas, na qual animais são tratados como coisas e seu sofrimento é relegado a nada, precisa ser combatida, de modo que os animais não humanos passem a ter o direito de não ser propriedade e assim deixem de ser submetidos a toda a sorte de privações, explorações e vulnerabilidades. A seca não é o único carrasco. A pecuária precisa acabar.
fonte: anda

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