terça-feira, 9 de abril de 2013

Golpistas dão esteroides a furões para vendê-los como poodles e chiuhuahuas



Por Rafaela Pietra (da Redação)
Foto: Divulgação
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Maus-tratos, negligência e esteroides. É assim que furões estão sendo tratados, na Argentina, para se passarem por cães de raça. Comerciantes lucram em uma feira irregular conhecida como “La Salada”, em Lomas de Zamora, na Região Metropolitana de Buenos Aires, vendendo estes roedores, submetidos a um tratamento na pelagem, passando-se por cães toy.
O golpe era desconhecido até mesmo na Argentina e as poucas informações a respeito circulavam por meio de rumores, dando tom de lenda urbana ao caso. Porém, um homem que caiu no golpe fez um perfil no Facebook e obteve grande repercussão, avisando demais pessoas. Após a iniciativa, uma rede de televisão local esteve na feira e conversou com, ao menos, mais uma vítima, que teria comprado um furão, conhecido localmente como rato brasileiro, no lugar de um cão da raça Chiuhuahua.
Apesar da revolta por ter caído no golpe, nenhuma das vítimas prestou queixa à polícia.
O furão é um roedor que atinge cerca de 50 cm de comprimento e 13 cm de altura. A pelagem pode ser branca, marrom ou mesclar as duas cores. Embora seja menor e tenha aspecto bastante distinto em relação aos cães, a aplicação de esteroides dificulta a diferenciação, fazendo com que pessoas pouco habituadas a poodles ou chiuhuahuas possam se enganar.
Como se não bastassem os cães que são criados para alimentar este mercado ignorante e cruel do comércio de animais, agora furões também são vítimas de maus-tratos pelas mãos de traficantes e comerciantes que só visam o lucro. Em suas mentes gananciosas, o golpe é algo natural.
Segundo o EM, a feira de La Salada é conhecida pelo comércio de produtos de procedência duvidosa. Os primeiros comerciantes, em sua maioria imigrantes bolivianos, se instalaram em um terreno em Lomas de Zamora, às margens do rio Riachuelo, cujas águas são altamente poluídas, por volta de 1991. O mercado irregular cresceu lentamente até o ano de 2001, quando a crise econômica Argentina fez com que o número de vendedores e frequentadores desse um salto. Muitos dos produtos vendidos na feira são contrabandeados ou roubados.
O comércio de animais, além de vil e criminoso, impulsiona não somente os criadores – que exploram cadelas para reproduções consecutivas, massacram cães em espaços minúsculos e lhes negligenciam comida, água e liberdade – mas também golpistas e traficantes como esses, que se aproveitam de situações para lucrar.
Comprar animais é, antes de tudo, um ato de egoísmo e ignorância. Não compre, adote!
fonte: anda

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