terça-feira, 4 de junho de 2013

Tecnologia permite a cura de animais com células-tronco


Os avanços da medicina em torno das células-tronco alcançaram o mundo da veterinária e já podem ajudar na saúde dos animais. Algumas empresas, como a Celltrovet, usam essa tecnologia em novos tratamentos para curar cães, gatos e cavalos ou melhorar a qualidade de vida.
Segundo o sócio fundador da empresa, Dr. Enrico Santos, a Celltrovet conta com tecnologia para extração, isolamento e caracterização de células-tronco adultas. O tratamento é feito em animais com doença renal, lesão medular, cinomose, fraturas, entre outras. A osteoartrite é um dos casos que possui 100% de cura, tirando a dor do animal. A Aplasia Medular, uma disfunção da medula óssea sem cura, também tem tido sucesso na melhoria dos animais.
“As células-tronco possuem algumas características importantes que são responsáveis por curar ou melhorar a vida dos animais”, disse Dr. Enrico. As células-tronco tem a capacidade de regenerar o tecido lesionado quando introduzidas no local porque se diferenciam das células presentes no tecido, adquirindo sua forma e função. Além disso, possuem uma capacidade anti-inflamatória e fazem com que lesões se recuperem muito mais rápido.
Diferentemente dos remédios, o tratamento com células-tronco é algo natural. Isso significa que não agride o organismo do animal. Como os tecidos e órgãos do indivíduo estão constantemente em processo de regeneração, a terapia com células-tronco é algo que já ocorre de forma natural no próprio organismo.
As células-tronco usadas no tratamento podem ser tiradas do animal que passará pela terapia ou de outros. “Isso é possível porque as células-tronco, diferente das outras células mononucleares, possuem a capacidade de não serem reconhecidas pelo sistema imunológico do animal”, afirma Dr. Enrico.
“No tratamento feito com o material do próprio animal, as células-tronco são separadas das outras células presentes na gordura e submetidas a diversos testes de qualidade, como morfológicos, moleculares, de contaminação, entre outros. Posteriormente, são armazenadas no banco de células-tronco ou usadas nos tratamento das doenças”. O preparo das células tende a levar de 3 a 4 semanas para garantir a qualidade do tratamento.
Já na terapia feita com as células-tronco doadas por animais jovens, as células passam por testes de proliferação e diferenciação. Estas células-tronco ficam, então, armazenadas no banco do laboratório e podem ser aplicadas nos animais de 24 à 48 horas.
O tratamento não oferece risco ao animal, afirma Dr. Enrico. Porém, nem todos os animais respondem de forma eficiente ao tratamento. “Alguns são curados, outros apresentam uma melhora na qualidade de vida e muito poucos não respondem ao tratamento”, disse.
São feitas, em média, três aplicações no animal, com intervalos de 30 dias cada. Ou seja, a terapia costuma durar 60 dias. Mas, segundo Dr. Enrico, dependendo do animal e da doença, apenas uma aplicação pode resolver a questão. Cada aplicação custa aproximadamente 1500 reais.
Fonte: INFO

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