segunda-feira, 15 de julho de 2013

A realidade das fábrica de peixes


Por Noelia Gigli (da Redação)
A ONG Igualdad Animal alimenta o site “Granjas de Esclavos“, com textos sobre animais criados e mortos por diversas indústrias para servirem como mercadorias. Um dos assuntos abordados são as fábricas de peixes. O texto a seguir é a tradução de uma publicação da ONG.
Foto: Igualdad Animal
Foto: Igualdad Animal
É uma fábrica de peixes; é quase possível sentir a angústia e o sofrimento dos peixes trancados nos tanques escuros, sem entender por que são vítimas de cativeiro e o que lhes espera.
Essas fábricas são uma forma de atender o crescente apetite pelos peixes, fazendo com que sejam criado salmões, enguias ou trutas em tanques que podem ser encontrados tanto em mares como nos rios como no interior de naves cobertas de terra.
Nos tanques, a taxa de crescimento dos animais é alterada mediante a manipulação de luz. Os tanques são cobertos até ficar na completa escuridão, para depois utilizar luzes intensas que os façam crer que estão em sua estação de crescimento.
Além disso, sua alimentação é alta em proteínas e está especialmente idealizada para que ganhem o máximo de peso no menor tempo possível. Depois de várias semanas, serão assassinados para sua posterior comercialização.
A superlotação de peixes é enorme. Num mesmo tanque, podem ser encontrados até 50 mil salmões, as trutas se encontram ainda mais apinhadas. Tais condições fazem com que os peixes estejam muito vulneráveis a diversas doenças.
Os salmões sofrem de um grande número de parasitas e outros agentes debilitantes como a furunculose e as doenças do pâncreas. Costumam ter feridas e os parasitas acabam comendo os peixes vivos – literalmente (nos salmões selvagens são encontrados uma média de 13 parasitas enquanto que nos explorados, 100).
Para evitar as perdas econômicas que suporia um elevado número de mortes por doenças, antibióticos e substâncias químicas são administrados aos peixes regularmente. Apesar disso, entre 20 e 50% morrem por doenças como câncer ou infecções do pâncreas ou rim.
Quando confinados em tanques, costumam mostrar comportamentos anormais, como uma maior agressividade, feridas, deformidades e infecções, desenvolvem cataratas que prejudicam a córnea, deixando-os cegos e até sangram.
Foto: Divulgação
Foto: Divulgação
Engenharia genética a serviço da exploração
Os peixes de fazendas são submetidos à diversas técnicas de engenharia genética que procuram:
• Peixes que cresçam mais e mais rápido;
• Maior eficiência na conversão dos músculos;
• Mais resistência à doenças;
• Mais tolerantes a baixos níveis de oxigênio na água;
• Capazes de suportar temperaturas mais baixas.
Além de outras técnicas, aplica-se a triploidia, ou alteração cromossômica para obter peixes fêmeas estéreis com maior eficiência na conversão de alimento. Isso tem como resultado que as trutas arco-íris triplóides tenham um maior índice de deformidades espinais. Os salmões triploides, por exemplo, têm índices de sobrevivência menores e são menos capazes de absorver o oxigênio da água, o que o torna menos capazes de superar situações estressantes.
Também são empregadas técnicas de manipulação hormonal e sexual – dando testosterona às fêmeas jovens prenhas – para que dê a luz somente as fêmeas que amadurecerão depois dos machos. Isso é feito porque os peixes sexualmente maduros padecem mudanças que reduzem a qualidade de sua carne.
fonte: anda.jor

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