sexta-feira, 12 de julho de 2013

Família real de Mônaco recebe elefantes ameaçados de morte na França


Baby e Nepal serão transferidos para uma propriedade da família real de Mônaco - Foto: AFP
Baby e Nepal serão transferidos para uma propriedade da família real de Mônaco – Foto: AFP
Os dois elefantes que estavam ameaçados de morte na França partiram, nesta quinta-feira, do zoológico da cidade de Lyon (leste) para uma propriedade da família real de Mônaco, indicaram fontes. A princesa Stephanie de Mônaco se ofereceu, em abril, para receber os dois elefantes, Baby e Nepal, que seriam mortos na França devido à suspeita de que tinham tuberculose.
A filha do príncipe Rainier e de Grace Kelly, que já foi artista de circo, disse que os receberia na propriedade da família Grimaldi em Roc Angel, perto da fronteira entre França e Mônaco. A chamada “princesa rebelde” disse que ela mesma irá cuidar dos dois animais.
Os elefantes, que eram explorados pelo circo Pinder, deixaram o zoológico do Parque da Tête d’Or nesta quinta-feira em contêineres especiais, indicou Claire-Cécile David, porta-voz da prefeitura de Lyon.
Entenda o Caso
Os elefantes Baby e Nepal vivem no zoológico da cidade de Lyon desde 1999 e, a suspeita de tuberculose fez com  o o zoo anunciasse a morte dos animais. Os dois elefantes estavam sendo mantidos em confinamento solitário desde 2010, quando o primeiro teste deu positivo.
Uma ação através da internet rendeu um documento com mais de 69 mil assinaturas, pedindo que os elefantes não fossem mortos. Mesmo assim, o tribunal considerou que a segurança dos animais não é “suscetível de ser estabelecido in vivo. Somado a isso, os testes solicitados pelo seu tutor, que só teria de permitir a confirmação da infecção, daria tempo para implementar e colocar em perigo as pessoas responsáveis pela conduta.”
A lista de defensores dos elefantes, então, não parou de aumentar. A ex-atriz Brigitte Bardot, através de sua instituição Fondation Brigitte Bardot entrou na briga pela vida dos animais e, até a princesa Stéphanie de Mônaco ofereceu seu apoio.
Na justiça
O diretor do circo, Gilbert Edelstein, tutor dos animais, recorreu à Justiça pedindo mais tempo para a realização de novos exames. A Associação Circense Europeia ofereceu seus veterinários para os testes, porém o juiz do tribunal administrativo de Lyon confirmou a decisão pela matar os animais.
Insatisfeito, Edelstein entrou com um recurso contra a sentença no Conselho de Estado. Ele garantiu que testes já realizados afirmam que, em 2010, Nepal não possuía a doença e Baby, depois de obter um resultado “duvidoso”, foi submetida a novos exames que confirmaram a ausência da tuberculose.
Neste intervalo, o caso ganhou notoriedade no país e milhares de pessoas protestam, pela internet, contra a morte das elefantas, pedindo inclusive a graça presidencial ao presidente François Hollande. Em janeiro, Brigitte Bardot recebeu uma carta do presidente da República francesa, informando que a execução dos dois elefantes, Baby e Nepal, com suspeita de tuberculose no zoo de Lyon, foi anulada.
Na carta, escrita pessoalmente por Hollande, o presidente explica que interveio junto do Ministro da Agricultura Stéphane Le Foll para assegurar o bom desfecho do caso.
Fonte: Terra/AFP

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