terça-feira, 23 de julho de 2013

Shakey: outra vítima da insânia humana


Foto: Projeto GAP
Foto: Projeto GAP
Shakey nasceu na África, na década de 1970, com um ano e meio apareceu na Base Holloman da Força Aérea Norte-Americana. em Alamogordo e lá foi anestesiado repetidamente, ainda bebê, para tirar seu sangue e fazer biópsias hepáticas. Um ano depois foi enviado para as instalações do NIH – National Institute of Health – em Bethesda, Maryland, um triste destino para qualquer primata naquela época. Durante três anos ficou sendo usado como cobaia de laboratório, submetido a todo tipo de testes.
Em agosto de 1981, Shakey, como um objeto que era em mãos de cientistas que “brincavam de deuses”, foi enviado de novo para a Base Holloman da Força Aérea. Lá, um acidente horrível aconteceu, uma porta de ferro de sua gaiola quase esmagou uma de suas mãos. Foi suturado, porém, sem fazer Raio-X, seus dedos ficaram atrofiados e sua mão praticamente inutilizada.
Porém, isso pouco importava para o NIH e a Base Aérea. Naquela época o SIDA era descoberto e precisava aumentar a população cativa de chimpanzés para usar no descobrimento da cura para aquela maldita doença humana, a qual os primatas eram resistentes. Shakey foi convertido em reprodutor, produzindo 12 filhos. Três daqueles filhos são os únicos que escaparam da tortura: Butch, Kallie e Walden, que estão no Santuário Save the Chimps, quando foram resgatados junto com seu pai, em 2002. Seis daqueles filhos ainda estão em mãos dos torturadores no NIH: Angelo, Artie, Bryan, Hope, R. W. e Ricky, que parece estão no Centro de Primatas de Alamogordo na Base da Força Aérea. Um outro filho, Ranay, está em outro Centro de Tortura, o Instituto de Pesquisas Biomédicas em Santo Antonio, no Texas. O destino de outros dois, Earvin e Naomi, é desconhecido.
Shakey morreu com 42 anos de idade, após uma vida colmada de sofrimentos. Foi feliz nos últimos anos de sua vida no Santuário Save the Chimps, onde curtia a vida com alguns de seus mais recentes amigos. Shakey interagia muito com os tratadores humanos, adorava escutar as músicas e seguir as brincadeiras que seus amigos do Santuário ensinaram a ele.
A insânia humana, revestida falsamente de luta contra as doenças, como ainda explora milhares destes e outros primatas, cobrou no corpo e na mente deste chimpanzé, um terrível preço. Esperamos que seu exemplo ajude a desmascarar todos aqueles que se escudam na ciência e só pensam no lucro fácil às custas de seres inocentes.
Shakey, sua morte não será em vão!
Fonte: Projeto GAP

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