terça-feira, 4 de fevereiro de 2014

Universidade da Califórnia é acusada de maltratar animais

(Da Redação)
Em 2010, 125.752 primatas foram mantidos em laboratórios americanos para experiências e reprodução, segundo a Sociedade Americana Anti-Vivissecção. Foto: Mahran Fadlullah / Getty
Em 2010, 125.752 primatas foram mantidos em laboratórios americanos para experiências e reprodução, segundo a Sociedade Americana Anti-Vivissecção (Foto: Mahran Fadlullah/Getty)
A Universidade da Califórnia (UCLA), em Los Angeles, é conhecida em todo o mundo por seus estudos científicos inovadores, bem como por sua abordagem de vanguarda para problemas de saúde contemporâneos. No entanto, o seu laboratório chamado SoCal gem (Southern California Gem Lab), ganhou recentemente os holofotes por razões muito diferentes. As informações são da Global Animal.
Vários escândalos vieram à tona e a UCLA, que utiliza animais em experimentos, enfrenta retaliação de uma grande quantidade de defensores de direitos animais. O grupo de vigilância nacional de pesquisas Stop Animal Exploitation NOW! (SAEN) exige a libertação de cinco macacos Rhesus dos laboratórios da instituição.
De acordo com o SAEN, uma inspeção do Departamento de Agricultura (USDA) em setembro de 2013 revelou que a UCLA mantém macacos em suas instalações e esses animais selvagens são usados em experiências sobre dependência de drogas. Órgãos governamentais como o National Institute of Health (NIH) estão financiando as pesquisas.
“A dependência de drogas é uma questão social complexa: o uso de primatas em experimentos relacionados ao vício tem uma aplicabilidade limitada ao mundo real”, disse Bob Ingersoll, primatologista indicado ao Emmy pelo seu documentário “Projeto Nim”.
O SAEN entrou com uma ação contra a UCLA, pela não divulgação de documentos públicos relativos a estudos de pesquisa animal. ”Nós não somos capazes de verificar exatamente a que experiências esses macacos foram submetidos pois a UCLA se recusa a disponibilizar estas informações. Contudo, o uso abusivo de experimentos com substâncias nos animais não produziram nenhum resultado tangível, e foi apenas um desperdício de dinheiro dos contribuintes”, afirmou Julia Orr, Diretora de Comunicação do SAEN.
A universidade deveria aprender com outras instituições de prestígio que fazem esforços progressivos no desmantelamento dos estudos que utilizam animais. A Escola de Medicina de Harvard, por exemplo, está encerrando permanentemente o seu centro de pesquisas com primatas, e a Universidade da Geórgia anunciou em novembro que está ‘aposentando’ dezessete macacos-prego e enviando-os para um santuário na Flórida.
Macacos na natureza. Foto: Tim Laman, National Geographic
Macacos na natureza (Foto: Tim Laman, National Geographic)
“Estamos oferecendo à UCLA a chance de enviar macacos que seriam mortos para um santuário certificado”, disse Michael Budkie, Diretor Executivo do SAEN. ”Há meios mais efetivos para se descobrir tratamentos potenciais para abuso de substâncias do que fazer com que macacos se tornem viciados em drogas”, acrescentou.
O SAEN está pressionando o governo a parar de financiar as pesquisas, acusando-o de responsável pelos maus-tratos e negligência, que incluem a criação de animais geneticamente modificados e a decapitação de animais com tesouras como procedimentos de rotina. O NIH e o National Eye Institute (NEI) também são alvos de acusações, por subsidiarem estes tipos de estudos na UCLA.
O flagrante desrespeito aos direitos animais na UCLA é chocante. O tratamento estarrecedor por parte de pesquisadores manchou a reputação da instituição, bem como da ciência que eles dizem buscar.
As queixas contra a UCLA incluem:
- Privar animais de comida e água
- Iniciar experimentos animais sem aprovação dos órgãos competentes
- A morte de 67 camundongos por alegação de falhas de comunicação entre os funcionários
- Cirurgias realizadas ‘sem aprovação’
- Injeção de tumores em camundongos
- Criação de uma zebra geneticamente modificada ‘sem aprovação’
- Uso de métodos não-aprovados para induzir a morte de filhotes de ratos
Assine a petição que apela para que os macacos sejam libertados e parem de ser tratados como objetos explorados em pesquisas.
    fonte:anda.jor

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