terça-feira, 18 de março de 2014

Cientistas conceituados recomendam que o Brasil proíba testes de cosméticos em animais


 
Cientistas conceituados recomendam que o Brasil proíba testes de cosméticos em animais. 20005.jpeg
SÃO PAULO (17 de Março de 2014) - Em uma carta aberta publicada hoje, 17 (dezessete) cientistas de renome, brasileiros e estrangeiros, se manifestaram a favor da proibição de testes de cosméticos em animais em todo o país. Os cientistas que apoiam a proibição são professores, cientistas da área biomédica e toxicologistas de universidades, autarquias federais e institutos de pesquisa.

Em uma carta aberta* publicada hoje, 17 (dezessete) cientistas de renome, brasileiros e estrangeiros, se manifestaram a favor da proibição de testes de cosméticos em animais em todo o país. Os cientistas que apoiam a proibição são professores, cientistas da área biomédica e toxicologistas de universidades, autarquias federais e institutos de pesquisa.

Em setembro do ano passado, a HSI apresentou uma proposta para a proibição de testes em animais para cosméticos ao Conselho Nacional de Controle de Experimentação Animal (CONCEA), orgão federal vinculado ao Ministério da Ciência Tecnologia e Inovação. Espera-se que o CONCEA vote a proposta da HSI na próxima reunião marcada para os dias 19 e 20 de Março de 2014.

Helder Constantino, Coordenador da campanha Liberte-se da Crueldade no Brasil da HSI, argumentou que: "Cientistas brasileiros e estrangeiros estão questionando cada vez mais se os testes realizados em animais realmente podem prever efeitos em humanos, e estes mesmos cientistas apoiam a proibição dos testes em animais para cosméticos. Nós esperamos que os membros do CONCEA levem em consideração o posicionamento dos cientistas e façam uma votação que traga ao Brasil benefícios éticos e científicos através da proibição desses testes ultrapassados."


A carta dos cientistas afirma que: "No mundo inteiro, cresce a frustração com os métodos de avaliação de segurança baseados em testes com animais. Muitas dessas abordagens nunca foram atualizadas desde os anos 30, são caras e demoradas, informam muito pouco sobre o modo de ação das substâncias no corpo humano e frequentemente não conseguem prever reações humanas em condições reais. Esses problemas representam desafios importantes para as autoridades reguladoras responsáveis pela avaliação da segurança ao consumidor de substâncias químicas e outros produtos... o CONCEA tem a oportunidade de viabilizar uma participação brasileira maior no desenvolvimento da nova toxicologia do século XXI, ao proibir os testes com cosméticos em animais. Essa proibição sem dúvida alguma incentivará o interesse e investimentos em métodos alternativos no Brasil, como foi o caso na União Europeia, e será um sinal claro que a hora para progredir para além de testes com animais, já chegou."

*Carta na íntegra:http://www.hsi.org/portuguese/issues/cosmetic_product_testing/libertesedacrueldade/pdfs/carta_cientistas_concea.pdf

FATOS:

• Testar cosméticos em animais é proibido em toda a União Europeia, Israel e Índia. Em Janeiro, o Estado de São Paulo introduziu uma proibição total de tais testes. O Estado de São Paulo abriga mais de 700 das 2.300 empresas de cosméticos do país, mais do que qualquer outro estado brasileiro.
• Centenas de empresas livres de crueldade produzem cosméticos sem testes em animais. Eles utilizam ingredientes com histórico de segurança já comprovados, combinados com testes sem animais, o que fornece resultados mais rápidos, mais baratos e mais relevantes para humanos.

Liberte-se da Crueldade faz parte da maior campanha global para acabar com os testes em animais para cosméticos, apoiada pela ARCA Brasil, ProAnima e pelo Fórum Nacional de Proteção e Defesa dos Animais. A campanha Liberte-se da Crueldade está presente na Austrália, Canadá, China, Índia, Japão, Coréia do Sul, Nova Zelândia, Rússia, Taiwan e é liderada pela HSUS nos Estados Unidos.


Helder Constantino
Gerente de Campanha, Liberte-se da Crueldade - Brasil

hconstantino@hsi.org
fonte:http://port.pravda.ru/

Nenhum comentário:

Postar um comentário

verdade na expressão