sexta-feira, 25 de abril de 2014

Cães sofrem com o abandono no município de Palhoça (SC)

Foto: Paula Jabur Elias
Cadela abandonada no Posto Catarinão prestes a ter filhotes (Foto: Paula Jabur Elias)
Palhoça (SC) está localizada próxima à capital Florianópolis e tem, segundo estimativa do IBGE do ano de 2013, uma população de 150.623 habitantes, sendo a décima cidade mais populosa do estado. O município está entre os que mais arrecadam investimentos em saúde, mas em relação ao bem-estar animal, até o momento nada foi feito, mesmo com a pressão dos poucos grupos voluntários que lá se manifestam e fazem milagres para tentar resolver o caos na região.
Cão idoso sozinho em praça no centro da cidade (Foto: Paula Jabur Elias)
Cão idoso sozinho em praça no centro da cidade (Foto: Paula Jabur Elias)
No município cresce a cada dia o número de casos de animais que vivem nas ruas e que podem ser vistos perambulando no centro, nos bairros e nas praias. Segundo a protetora voluntária Paula Jabur Elias, que atende casos de Palhoça e de Santo Amaro da Imperatriz, ela já se reuniu diversas vezes com lideranças locais dos dois municípios e com representantes do poder público municipal para a solicitação de apoio. A maior reivindicação dos protetores voluntários é que se construa um canil em cada uma destas cidades e que sejam implementadas campanhas para castração e conscientização contra maus-tratos e abandono.
Resgatado por voluntários após atropelamento sem socorro (Foto: Paula Jabur Elias)
Resgatado por voluntários após atropelamento sem socorro (Foto: Paula Jabur Elias)
“Estamos cansados de tanto descaso, de tanta indiferença. Só em meu sítio tenho mais de 60 cães que atendemos e merecem cuidados por diversas razões. Para mantê-los, contamos com ajuda de voluntários, realização de bazares, rifas. Muitos já estão aptos para adoção, vacinados, castrados, diga-se de passagem, nenhum foi castrado e vacinado por conta das prefeituras”, desabafa a protetora.
Como ela, existem dezenas de outros protetores que se endividam, pagam castração,vacinação e abrigam em suas casas cães e gatos de rua atropelados, vítimas de maus-tratos, abandonados e para conseguirem ajuda financeira, fazem bazares e postam nas redes sociais fotos, pedindo compartilhamento e lar temporário ou definitivo para estes animais.
Cachorro abandonado que não come e nem sai do lugar
Cachorro abandonado que não come e nem sai do lugar (Foto: Paula Jabur Elias)
Segundo a consultora de comunicação em gestão de marketing e responsabilidade socioambiental, chamada Paula Leal, o que falta é iniciativa dos municípios em investir em políticas públicas que possam minimizar esta situação. “Sabemos que para se mudar quadros como estes se faz necessário investir em programas de conscientização, como lançamento de cartilhas educativas, leis de incetivo para dedução de imposto de renda a empresas que quiserem apoiar a causa e projetos”, declara.
A consultora destaca que a imagem dos municípios que se omitem a estas questões fica abalada e que, com o crescimento vertiginoso do movimento nas redes sociais de postagens negativas de casos gravíssimos de maus-tratos, de saúde pública, isto poderá se refletir também nas urnas nas próximas eleições.
Destaca ainda que essas cidades têm atrativos com belezas naturais e essas questões podem gerar uma imagem negativa junto aos turistas e investidores que desejam se instalar na região. Por fim, sugere que a iniciativa privada seja mais atuante em questões de responsabilidade social, que envolve também o bem-estar animal, o que traz visibilidade e contribui para uma sociedade mais justa.
Manifeste sua indignação ao prefeito de Palhoça (SC):
Camilo Martins
E-mail: camilo@palhoca.sc.gov.br
fonte:anda.jor

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