sexta-feira, 16 de maio de 2014

Mesmo após denúncias, zoológico americano planeja expandir seu número de elefantes

elefante
O zoológico Parque Woodland, de Seattle (EUA) se tornou alvo de denúncias após anunciar um novo plano para expandir seu programa de elefantes, mesmo após um longo histórico de problemas, anos de críticas e um aumento de pessoas preocupadas com os animais que vivem lá. As informações são da Care 2.
local atualmente abriga duas elefantas asiáticas,Bamboo de 47 anos e Chai de 35 anos, e uma africana, Watoto de 45 anos. O estabelecimento foi criticado por misturar duas espécies e há anos têm aumentado preocupações sobre o bem-estar desses animais.
De acordo com o IDA – In Defense of Animals (Em Defesa dos Animais), as três sofrem de problemas relacionados ao cativeiro incluindo doenças nos pés e artrites, além de apresentarem comportamentos anormais como ficar chacoalhando-se ou balançando-se. Manter o trio em um local inadequado, que é muito pequeno, em um clima inapropriado, juntamente com esforços sem sucesso para cruzar Chai ao longo dos anos, têm também causado discussões.
Em 2013 o zoológico apareceu na lista da IDA dos Ten Worst Zoos for Elephants (Dez Piores Zoológicos Para Elefantes) pela sétima vez.
Como resposta ao aumento do número de pessoas preocupadas e à uma investigação conduzida pelo jornal Seatle Times, uma Operação Tarefa Para Elefantes foi organizada para observar o programa do zoológico do ano passado e fazer recomendações para o futuro. Embora algumas pessoas tenham tomado a frente para exigir que o zoológico enviasse os elefantes para um santuário, a força tarefa acabou concluindo que os elefantes estavam bem o suficiente, mas algumas modificações ambientais deveriam ser feitas.
No entanto, organizações incluindo IDA e Friends of Woodland Park Zoo Elephants (Amigos dos Elefantes do Zoológico Woodland Park) argumentaram que a força tarefa foi tendenciosa em favor do zoológico e não avaliou a situação de forma justa, ou recebeu orientações de especialistas na área de criação (e reprodução) de elefantes. Agora os dois grupos se opõem a dar um passo que eles acreditam que ‘’desafia valores da ciência e da comunidade de Seattle.’’
No final de março, o zoológico anunciou um frustrante novo plano de cinco anos para seu programa para elefantes que envolve algumas modificações em suas instalações – que foi desenhada em 1986 – e, espantosamente, adicionou ainda mais elefantes.
Deborah Jenson, a CEO e presidente do local, disse ao Seattle Times que Woodland espera transferir Watoto até o fim do ano e trazer outra elefanta asiática. Watoto será, finalmente, levada a viver o resto de sua vida em um santuário? Não se o zoológico fizer o que quiser.
De acordo com o site do parque, ele apenas enviará elefantes para um local credenciado pela AZA – Association of Zoos and Aquarius (Associação de Zoológicos e Aquários) e não a um santuário, como o Elephant Sanctuary (Santuário de Elefante) no Tennessee, ou o Performing Animal Welfare Society (Sociedade de Proteção a Animais de Performances) na Califórnia.
‘’As instalações na Califórnia e Tennessee não compartilham nossa missão de conservação e educação nem têm o mesmo rigor nos cuidados com elefantes e padrões veterinários como a AZA. Pelo contrário, os zoológicos credenciados pela AZA não focam apenas nos cuidados dos elefantes individualmente, mas também no bem-estar de todos os animais dos zoológicos dos Estados Unidos e no destino dos elefantes na vida selvagem”, diz comunicado no site.
O zoológico continua defendendo seu programa para elefantes e argumentam que as pessoas precisam vê-los para se preocuparem com suas promessas, mas os defensores do trio de elefantas discordam com suas práticas e justificativas.
‘’O sofrimento dos elefantes na Ásia e África não justifica o seu sofrimento aqui,’’ Alyne Fortgang, confundadora de Friends, disse ao Seattle Times. ‘’Funcionários estão tão apegados ao século dezenove. Eles simplesmente não olham para a frente. Ao contrário, eles estão cavando mais fundo no passado.’’
Apesar do aumento de conhecimento científico que falam da sensibilidade e inteligência destes gigantes e do fato que eles não se adaptam bem em cativeiros, o zoológico vai ainda considerar pegar outra fêmea mais jovem, que eles esperam que seja capaz de procriar. Aparentemente, pela lógica do local, ter cinco elefantes em um espaço pequeno demais para três, será um aperfeiçoamento.
De acordo com a investigação do Seattle Times, para sustentar a população em cativeiro, zoológicos precisarão trazer 10 novas fêmeas todos os anos. Para uma indústria que afirma promover esforços para conservação – potencialmente pegando elefantes selvagens ou da indústria do entretenimento para aumento do número de indivíduos – não faz nada para ajudar populações na vida selvagem, que é aonde eles devem estar.
Fortgang argumentou em uma declaração que se o zoológico realmente se importasse com conservação da vida selvagem, reservaria aproximadamente um milhão de dólares todos os anos aposentando elefantes em um santuário, substituindo a exibição desses animais por um exímioprograma educacional. De acordo com uma recente pesquisa, enviar o trio a um santuário é algo que apenas 62% dos residentes da cidade de Seattle apoiariam.
Ao final, o estabelecimento estará gastando muito tempo e dinheiro, e terá apenas mais elefantes sofrendo sob seus cuidados do que tinha antes.
A organização Friends of Woodland Park Zoo implora que o público se manifeste por Bamboo, Chai e Watoto escrevendo aos responsáveis pelo empreendimento e políticos locais pedindo que apoiem a transferência desses animais para um santuário.
fonte:anda.jor

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