quinta-feira, 3 de julho de 2014

Vírus Ebola volta com tudo e o consumo de carne está ajudando a alastrar a doença

Embora os noticiários brasileiros estejam tomados apenas por notícias da Copa do Mundo, uma nova epidemia do vírus Ebola explodiu na África nas últimas semanas. Segundo Dr. Bart Janssens, diretor de operações da organização Médicos Sem Fronteias (MSF), o surto está fora de controle e a MSF chegou ao seu limite e precisa de ajuda internacional (leia aqui).
O Ebola surgiu nos anos setenta, mas, na época, afetava apenas cidades pequenas e aldeias afastadas. Desta vez, o vírus surgiu em três países simultaneamente: Guiné, Libéria e Serra Leoa. Capitais e cidades de grande porte com aeroportos internacionais estão na lista de mais de 60 localidades com casos confirmados. Nunca o Ebola havia chegado a uma capital.
O vírus causa a morte da vítima em até 90% dos casos e é transmitido pelo contato com o suor, saliva, sangue ou qualquer outro fluido corporal do infectado. O paciente tem febre, vômitos e sangramentos internos. A pessoa literalmente sangra até morrer.
Em um mundo globalizado, considerando a facilidade do contágio e a agressividade da doença, especialistas da Organização Mundial de Saúde (OMS) temem que o surto possa ter impacto internacional, espalhando-se por todos os continentes. Esta epidemia já é considerada por alguns especialistas como uma das piores da história.
O jornalista norte-americano Kaj Larsen, da Vice News, foi até a Liberia e encontrou uma situação trágica: parte da população simplesmente não acredita no Ebola e continua com costumes que têm feito com que a doença se espalhe ainda mais rapidamente. Em muitos países da África há a tradição do consumo da chamada Bushmeat (Carne de Caça), especialmente em comunidades pobres, onde os habitantes alegam necessidade para comer este tipo de carne. Bushmeat é a carne de várias espécies misturadas e vendidas à céu aberto. Normalmente a Bushmeat é carne de macacos, morcegos, ratos, cobras e outros animais. A reportagem da Vice News pode ser conferida apenas em inglês e sem legendas (assista aqui).
Uma espécie de morcego frugívoro africano é considerado o transmissor natural da infecção. Esta espécie de morcego só come frutas, por isso, a suspeita é de que o vírus chegue aos macacos quando os primatas comem frutas com a saliva ou fezes do morcego. Quando humanos caçam macacos, morcegos e outros animais e comem sua carne, tornam-se transmissores da doença. O vírus tem um período de encubação que varia de 2 a 21 dias, por isso, uma pessoa infectada pode passar semanas infectando outras sem demonstrar sintomas. O período de encubação é um agravante, pois uma pessoa pode viajar de avião por um ou mais países espalhando o vírus e dificilmente o passageiro seria barrado, pois não apresentaria nenhum sintoma da doença.
Nos últimos quatro meses, cerca de 327 pessoas morreram por conta do Ebola. Médicos da MSF precisam trabalhar com roupas especiais e qualquer parte do corpo que fique exposta pode custar suas vidas. A pressão psicológica é tão grande que os profissionais não conseguem ficam mais de dois meses em campo.
Todos os grandes portais do mundo como CNN e BBC estão noticiando sobre esta epidemia. Apenas pesquise “Ebola” no Google para ter mais referências.
fonte: http://vista-se.com.br/

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