segunda-feira, 22 de setembro de 2014

Mais que animais, cães e gatos são grandes companheiros

Para Mariana, o carinho que os animais mostram vale todos os esforços dela para ajudar. Foto: Eraldo Lopes
Para Mariana, o carinho que os animais mostram vale todos os esforços dela para ajudar.
Foto: Eraldo Lopes
Ter um animal doméstico é estabelecer uma relação de carinho e cuidado com um ser que pouco pode fazer por si mesmo. Em qualquer que seja a faixa etária, é preciso saber que isso não pode ser levado de forma irresponsável. Mas se você se dispor a doar um pouco do seu tempo, eles podem te devolver muito mais do que algumas lambidas de agradecimento.
Quem garante é a Dra. Liliany Bindá, veterinária, que reforça: os benefícios do convívio com animais são inúmeros, seja para crianças, adultos ou idosos.
Para os pequenos, ela conta que pode ser um primeiro contato com a ideia de ser responsável por algo. “A criança aprende a cuidar de outro ser e conviver com animais, normalmente, também torna a criança mais amorosa e cuidadosa. Especialmente filhos únicos”, ressalta. Entre os adultos, ela relembra uma situação que tem se repetido muito: tutores que tem seus animais como filhos. “Eu até acho importante ter esse primeiro contato com o animal, se você planeja ter um filho algum dia, porque é um cuidado muito parecido mesmo. Tem muita gente que vem na clínica e comenta, ‘Ah, se eu já sou assim com cachorro, imagina com um filho, como é que vai ser?’”, comenta a Dra. Liliany.
Idosos
Para os idosos, a conexão é puramente emocional. De acordo com a especialista, não são poucos os casos de solidão entre essa faixa etária. Na busca de preencher esse espaço, muitos pessoas de idade avançada acolhem animais. E os benefícios vão além de uma boa companhia. “Só o fato de conviver com um animal já pode aumentar a sobrevida dos idosos. Eles têm que se manter ativos, alertas para cuidar dos animais. Tem estudos que comprovam que idosos vivem muito mais tempo quando tem um animal. É um incentivo tanto mental quanto emocional para eles”, explica.
Mudando a rotina da família
Antes de tudo, é preciso estar preparado em vários aspectos. Adotar esses amigos de quatro patas, além de prazeroso, muda completamente a sua rotina dentro e fora de casa. Foi o que aconteceu com a família Santos. Há dois anos, Nicole, Nathália e Paulo decidiram que era hora de ter um cachorro. Morar em apartamento não era, porém, o único empecilho. O tempo estava cada vez mais apertado, e eles pouco paravam em casa.
O que era um ponto contra, se tornou uma questão a favor. A mãe das meninas, Joyce dos Santos, trabalhava em apenas um turno e começou a se sentir muito sozinha em casa. Foi assim, entre prós e contras, que o pequeno Lohan chegou à casa deles.
Quem descobriu o cãozinho foi o pai, Paulo, em uma feira de adoção no bairro Parque 10. “Meu pai levou eu e minha irmã pra conhecer, e posso afirmar que o olhar cativante dele me tocou por dentro. Sendo assim, não hesitei em trazer o ‘Lolo’ para cá e fazer a surpresa para ver a reação da minha mãe. A princípio, ela não gostou nada, era contra. Mas, com o tempo, ela e todos nós acabamos apaixonados pelo Lohan”, conta Nicole dos Santos.
A chegada do novo amigo mudou completamente a rotina da família. Foi com prazer que eles mudaram hábitos e horários para passar mais tempo com o mascote que conquistou a família inteira, “Sempre tivemos uma rotina muito intensa, passamos a maior parte do dia fora de casa, e com a chegada do ‘Lolo’ tentamos resolver isso, ficando ao máximo em casa. Quando isso não era possível, nós vínhamos em casa só para dar a comida dele, fazer um carinho, essas coisas, pois ele sente muito a nossa falta. Hoje em dia, nós não nos imaginamos sem o nosso ‘Lolo’”, completa Nicole.
Uma causa nobre
A história de Mariana Cristina Rocha com os animais vem da infância. Acostumada a viver sempre cercada de muitos deles, aprendeu a respeitá-los e desenvolveu um carinho enorme. Hoje, ela cultiva hábitos em prol dos animais, sempre tentando cuidar daqueles que pouco podem fazer por si mesmos. “Alimento animais que sobrevivem nas ruas já há muitos anos. Tenho a ajuda de uma amiga que é veterinária e, quando encontro algum doente, damos remédio junto com a ração e quase sempre consigo fazer o tratamento”, explica Mariana.
Nem sempre é fácil. Muita gente, ela revela, acha que não vale a pena. “Não é uma atividade fácil. Sempre sou muito criticada, mas eu jamais vou poder ficar sem fazer nada por eles. Isso faz parte da minha vida e não ficaria com a consciência tranquila sem fazer nada!”, comenta. “Atualmente, eu alimento oito gatos, e sempre ando com uma vasilha de ração comigo, vou alimentando os que encontro por aí”, completa.
Fonte: D 24 AM

Nenhum comentário:

Postar um comentário

verdade na expressão