terça-feira, 23 de setembro de 2014

Polícia Ambiental testa método para coibir tráfico de animais silvestres


Do Globo Rural
A Polícia Ambiental de São Paulo testa um novo método para coibir o tráfico de aves silvestres. Um exame de DNA é feito nos pássaros dos criatórios autorizados para assegurar que os animais não tenham sido capturados ilegalmente.
Na operação, em parceria com a Universidade Federal de São Carlos, os policiais verificam a documentação e checam as anilhas de cada ave.
A única maneira de saber se realmente a ave havia nascido em cativeiro era por meio da anilha colocada nos primeiros dias de vida do pássaro. O anel tem um número que fica registrado nos órgãos ambientais. O problema é que alguns criadores conseguem falsificá-lo. O exame torna mais difícil burlar a lei.
A novidade é a coleta de sangue das aves. A operação é inédita no estado de São Paulo, onde existem cerca de 80 mil criadores de pássaros silvestres.
Na segunda-feira (22), policias e pesquisadores visitaram criadores de Ribeirão Preto e de São José do Rio Preto. O pesquisador colhe quatro gotas de sangue para que seja feito o exame de DNA.
“Eu vou retirar um pedaço da unha do animal, onde passa uma determinada vascularização dele. Vou precisar de cerca de quatro gotas desse material que será inserido no papel filtro que a gente vai fazer uma extração do DNA”, explica o biólogo Arystene Nicodemo.
“O animal mantido de maneira correta em cativeiro tem que ser nascido em cativeiro, inclusive com a comprovação da genealogia, com mãe, pai e descendentes. Com isso, evitamos a captura, o comércio desenfreado e o tráfico de animais”, Alessandro Daleck, capitão da polícia ambiental.
O resultado dos exames de DNA deve sair em três meses. Caso fique comprovado que o pássaro não é legalizado, o criador irá responder por crime ambiental

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