sábado, 31 de maio de 2014

Autista descobre através de pesquisa como os animais enxergam o mundo


Foto:Divulgação
Foto:Divulgação
De acordo com a cientista americana Temple Grandin, a mente do animal é bem parecida com a mente de um autista. A linguagem verbal é um tanto complicada para eles que têm mais facilidade com a visual.
Temple descreve em sua pesquisa que a mente do autista pode ser usada como uma ponte entre o cérebro humano normal e o dos animais, em especial, dos mamíferos que são nossos parentes mais próximos, confirma ela.
Ainda de acordo com a cientista, tanto os animais quanto os autistas vêem o mundo de forma maisimediata, fragmentada e baseada nos sentidos, dando atenção aos menores detalhes o tempo todo.
Outras pesquisas indicam que pessoas com autismo e muitos animais, teriam a percepção mais branda da dor física. A americana assimila o fato a uma possível falta de conexão entre a dor e sentimentos como ansiedade e preocupação.
A pesquisa da cientista americana Temple Grandin, vem despertar em nós que uma coisa é certa: a proximidade da linguagem humana com a do animal, está cada vez mais próxima. Embora outros pesquisadores discordem dessa tese.
Fonte: DM
Fonte: anda.jor

Deputado quer banir venda de fígado de ganso em todo o país

Foto: Divulgação
Foto: Divulgação
O Brasil pode ser o primeiro país da América Latina a banir em seu território a comercialização do prato francês foie gras (fígado de ganso). Tramita na Câmara Federal um projeto de lei, de autoria do deputado Eliene Lima (PSD-MT), que visa a proibir a comercialização de produtos alimentícios que contenham em seus ingredientes fígado de ganso. O argumento do PL 7.125/2014 é de que a iguaria é obtida a partir de um método cruel com as aves.
“O foie gras nada mais é do que uma doença do fígado, causada por uma alimentação forçada durante quatro semanas, na qual os fígados dos gansos e dos patos incham 6 a 12 vezes o tamanho normal”, comenta Eliene Lima, acrescentando que para chegar a esse tamanho as aves são presas e forçadas, através de um cano de metal, a ingerirem uma grande quantidade de ração de milho. “Em alguns casos, colocam um anel elástico apertado no pescoço da ave para o caso de ela tentar regurgitar a ração. Esse processo ocorre de 3 a 5 vezes por dia durante até 21 dias”, explica o parlamentar.
Enquanto a proposta, bem recebida pelos defensores dos direitos animais e pelas organizações de proteção, não é aprovada e sancionada, o parlamentar apela para a piedade do consumidor final. Ele argumenta que se as pessoas não comerem mais foie gras, não será economicamente mais viável a comercialização e produção da iguaria. “Com isso os gansos e os patos continuarão sendo úteis apenas na ornamentação dos lagos e quintais”, finaliza.
Fonte: A Tribuna MT



Autoridades de Marrocos defendem extermínio de animais em situação de rua

Foto: Reprodução
Foto: Reprodução
Enquanto Marrocos passa por mudanças cruciais e progressos consideráveis ​​com relação aos direitos humanos, os animais estão enfrentando todo tipo de abusos no país. Ao contrário dos humanos, essas criaturas estão sofrendo em silêncio, e as suas circunstâncias parecem estar piorando ultimamente quando até mesmo o Poder Judiciário – suposto para garantir o seu direito a uma vida pacífica – parece estar contra eles. Vozes marroquinas humanitárias têm surgido, no entanto, em várias cidades do país; vozes fortes, determinadas e insistentes para ajudar a criar um futuro melhor para os animais em Marrocos. As informações são do Morocco World News.
Segundo a reportagem, objetos inanimados infelizmente recebem mais proteção que os animais. Por exemplo, o dano ao patrimônio público pode resultar em multa e restituição, mas as lesões a um animal são, em grande parte, ignoradas. Os animais em Marrocos têm pouca ou nenhuma proteção sob a lei. Prova disso é uma nova lei nº 56-12, que foi votada no ano passado pela Câmara dos Deputados em Marrocos, permitindo o extermínio das chamadas raças de cães “perigosas”.
Com o Festival Mawazine prestes a acontecer, e a vinda de multidões de turistas, as autoridades estão determinadas a “limpar” a cidade de animais em situação de abandono. Thomas, morador de Ouarzazate, afirmou: “Hoje em dia, me deparo com as carcaças de cães mortos em decomposição em locais onde o veneno foi deixado para os animais. Eu deixei meus cães correrem sem guia por um momento quando eu caminhava com eles e um deles acaba de morrer de envenenamento. É osegundo cão que eu perdi”. Um outro morador afirma ter encontrado as autoridades andando pelos jardins da Hassan Avenue, lançando uma campanha de intoxicação massiva para impedir a proliferação de gatos em situação de rua.
Muitos cidadãos marroquinos estão dedicando seu tempo e dinheiro para ajudar os animais e para apoiar as poucas associações criadas para essa causa. Recentemente, essas pessoas decidiram sair de suas casas, manifestar sua indignação e realizar protestos.
A primeira manifestação pelos direitos animais aconteceu em 27 de Abril, em frente ao Parlamento em Rabat. Afaf Harmouch, gerente de eventos e comunicação que dirigiu o ato, disse: “Quando soubemos da campanha de extermínio de cães em Tetouan, no dia 19 de Abril, ficamos horrorizados! Não havia nenhuma possibilidade de ficarmos parados e aceitarmos isso”.
Hatshi, um cão em situação de rua encontrado em Derb Ghellef Casablanca. Foto: Morocco World News
Hatshi, um cão em situação de rua encontrado em Derb Ghellef Casablanca. Foto: Morocco World News
O primeiro protesto foi seguido por outro no dia 4 de Maio próximo ao Zoológico de Casablanca; dessa vez, conduzido por Khady Raiss, com a participação de Afaf Harmouch e Hannane Abdel Moutalib, que têm um abrigo de animais em Casablanca, e vários outros cidadãos. Em entrevista à Radio+, Khady Raiss, declarou: “O Zoológico de Ain Sebaa fechou as suas portas e os animais do local foram postos em quarentena, e quando lemos no L’économiste que alguns seriam soltos na natureza e outros teriam morte induzida, ficamos indignados. Nós não podemos tolerar a morte de animais. Nós estamos pedindo que todos os animais sejam bem tratados e insistimos em uma garantia do seu bem-estar até que a nova reserva esteja pronta”.
O terceiro protesto ocorreu em Marrakesh no dia 18 de Maio e foi considerado um sucesso, uma vez que recebeu o apoio da mídia nacional, que levou ao ar o evento em canais da televisão marroquina. No canal 2M, o pedido de apoio da ativista Afaf Harmouch chegou aos ouvidos de muitos cidadãos e Hanane Ben Mansour destacou a importância de se ensinar o respeito e a proteção aos animais às crianças.
Afaf Harmouch disse: “Nós, os seres humanos, não podemos possuir dois corações, um para o homem e um para os animais. Ou temos coração para ambos, ou não temos nenhum. O governo deveria atender ao apelo pela proteção legal contra as crueldades e injustiças que essas criaturas que não podem falar estão enfrentando”.
fonte:http://www.anda.jor.br/

Vitória (ES) promulga lei que proíbe carroças


Por Lobo Pasolini (da Redação)
Foto: Lobo Pasolini​
Foto: Lobo Pasolini​
Aprovada pela maioria dos vereadores de Vitória no final de 2013, a ​​Lei 85/2013 do vereador Luiz Emanuel Zouain que proíbe o uso de carroças puxadas por cavalos em Vitória, esbarrou em uma volta-face do prefeito Luciano Resende, que havia prometido sancionar o projeto, mas na última hora mudou de ideia.
Felizmente, o prefeito perdeu o prazo para vetar (15 dias úteis), ​o que​ segundo a lei ​permite ​o líder da câmara ​promulgar o PL, o que aconteceu hoje​ em seu gabinete.​
Foi um dia alegre para os protetores da cidade, que cada vez mais dividem suas atenções com os animais de tração, abandonados a sorte pelo poder público. “Eu quiquei e relinchei de alegria quando recebi o convite para estar aqui hoje,” disse a ativista Rosanna Pupim Daniel, que organizou um protesto quando o prefeito anunciou o veto em dezembro.
“É uma grande vitória para nós protetores,” ​escreveu ​o vereador Zouain​ ​em seu Facebook.
A sala do líder do legislativo municipal, Fabrício Gandini, lotou com a presença dos ativistas, que estavam ansiosos para que esse embate político se resolvesse.
O projeto prevê a retirada dos animais do asfalto e a inclusão social dos carroceiros.
fonte:http://www.anda.jor.br/22/05/2014/vitoria-es-promulga-lei-que-proibe-carrocas

quinta-feira, 29 de maio de 2014

Advogado americano quer libertar os animais escravizados

Foto: Divulgação
Foto: Divulgação
Steven Wise impetrou Habeas Corpus a favor de chimpanzés engaiolados nos Estados Unidos. Afirmou que deve-se “romper barreiras”, como se fez séculos atrás quando os escravos “eram coisas” para a justiça.
O chimpanzé Tommy não sabe que pode se converter num caso líder em direito animal “não humano”. Enquanto mora numa jaula em Gloversville, no Estado de Nova Iorque, um Tribunal de Apelaçõesestuda a possibilidade de considerá-lo uma pessoa jurídica e dar-lhe um Habeas Corpus, o instrumento legal que é utilizado para evitar o arresto e a detenção arbitrária de seres humanos.
O advogado Steven Wise é seu representante, assim como de outros três chimpanzés, que moram neste Estado. As ações foram impetradas no fim de 2013. Os juízes comuns as rechaçaram, porém deram a chance a Steven Wise explicar o caso. Conseguiram a Apelação e agora a decisão será tomada por uma instância superior de vários juízes, em outubro próximo.
“Para a justiça os animais são coisas, não pessoas jurídicas, por isso os juízes de primeira instância rechaçaram o caso. Devemos conseguir que algum juiz entenda que os animais são pessoas jurídicas para que possamos apresentar nossas razões“, explica Wise numa visita que realizou dias atrás na cidade de Córdoba, Argentina.
Ele tem a liderança do Projeto de Direitos Não Humanos e foi convidado pela especialidade de Direito Animal da Universidade Nacional de Córdoba, a única que existe na América Latina, sustenta a professora Andrea Heredia de Olazabal.
Wise afirma que a única forma de libertar estes animais é que sejam considerados pessoas pela justiça. “A história mostra que, quando os seres humanos não são considerados pessoas, são coisas. Os animais devem ter direitos, senão são abusados e explorados, e não se poderá fazer nada por eles“, justifica.
Sua argumentção está fundamentada em evidência científica, a qual acredita que os chimpanzés, outros grandes símios, elefantes, golfinhos e baleias, são seres com certa complexidade cognitiva que os faz autônomos e capazes de decidir como devem viver. “Quando engaiolamos estes seres, é como se trancafiássemos uma pessoa”, aponta.
Wise tem a esperança de começar uma revolução no direito, comparada a obtida pelo caso “Somerset versus Stewart” de 1772. Foi o primeiro caso em que um juiz considerou um escravo como pessoa jurídica e “não coisa”, pelo que lhe foi dada a liberdade. Foi o pontapé inicial para abolição da escravatura nos países anglofalantes.
Se obtiver êxito, Wise pensa que surgirá uma explosão de apresentações similares. “Acontecerá uma revolução na justiça com centenas de casos e inclusive se estenderá a outros animais que não têm a mesma autonomia“, assinala.
O Chimpanzé Toti
Talvez não seja Tommy o primeiro chimpanzé a ser libertado via Habeas Corpus. Em Córdoba, também foi impetrado este recurso por Toti, ex-morador do Zoológico de Córdoba que agora mora num espaço similar em Rio Negro. A medida foi rejeitada. A argumentação é que Toti é uma “coisa” para a justiça. Porém, a Apelação foi aceita e agora outra instância da justiça deverá se pronunciar.
Entretanto, Wise afirma que sua estratégia não pode ser aplicada na América Latina. “O Direito Anglo-saxão é mais flexível que o Direito Civil, mas pensamos que a argumentação é o material jurídico que temos desenvolvido, podendo ser incluído em novas leis para os países Latino-americanos”, acrescenta.
Fonte:http://www.anda.jor.br/29/05/2014/advogado-americano-quer-libertar-animais-escravizados

Suprema Corte da Índia proíbe rinhas de cães e de galos

Foto: Reprodução
Foto: Shutterstock
Conforme publicado recentemente pela ANDA, a Suprema Corte da Índia proibiu todos os tipos de corridas e performances envolvendo bovinos, incluindo as lutas de bois e o “jallikattu”, um festival anual em que homens perseguem touros para pegar prêmios amarrados a seus chifres. Qualquer violação dessa proibição é passível de punição sob a Lei de Prevenção à Crueldade aos Animais. Agora, em outro movimento a favor dos animais pelo mesmo Tribunal, o veto estende-se às rinhas de cães, galos, e outras crueldades. As informações são da Ecorazzi.
Mesmo já sendo anteriormente consideradas ilegais perante a lei, as rinhas de galos ainda acontecem nas localidades de Andhra Pradesh, Karnataka, Kerala, Maharashtra, Punjab e Tamil Nadu, e as rinhas de cães continuam ocorrendo em Haryana e Punjab. Essas rinhas são eventos abusivos que usam animais para entretenimento humano sem respeito por suas vidas e segurança. Ao final de cada rinha, os animais estão seriamente machucados ou mortos.
A ordem do Supremo Tribunal para o Conselho de Bem-Estar Animal da Índia (Animal Welfare Board of India – AWBI) e para os governos estaduais da Índia é a de que sejam protegidas as “cinco liberdades” dos animais: a liberdade de saciar a fome e a sede; a liberdade do desconforto; da ausência de dor, ferimentos e doenças; a liberdade do medo e da angústia, e a liberdade para expressar o comportamento normal. Ele também ordena que os governos “tomem medidas para evitar a imposição de dor ou de sofrimento desnecessários aos animais”, e pede que o AWBI certifique-se de que tutores animais não estejam envolvendo os mesmos em rinhas contra outros animais ou seres humanos.
Aqueles que desejarem denunciar rinhas de cães ou de galos na Índia podem enviar um e-mail para whistleblower@petaindia.org.
Fonte:http://www.anda.jor.br/29/05/2014/suprema-corte-india-proibe-rinhas-caes-galos

Cão tem globos oculares arrancados e aguarda resgate em Recife (PE)


Animal foi achado na rua, sem os dois glóbulos oculares e com uma das patas necrosada. Foto: Denise Santana/ Reprodução/ WhatsApp
Animal foi achado na rua, sem os dois glóbulos oculares e com uma das patas necrosada. Foto: Denise Santana/ Reprodução/ WhatsApp
Um dia depois do resgate de um cachorro abandonado à beira da morte em Olinda, moradores do bairro do Jiquiá, no Recife, denunciam um novo caso de crueldade e maus-tratos contra os animais. A autônoma Denise Santana apela para a tomada de providências para salvar a vida ou mesmo amenizar o sofrimento de um cão, abandonado na Rua São Miguel.
Segundo ela, na sexta-feira da semana passada, o animal foi achado na rua sem os dois glóbulos oculares e com uma das patas necrosada. Os vizinhos recolheram o cachorro para um galpão, onde ele está recebendo água e alimento. O animal, no entanto, precisa de cuidados médicos e internação. Os interessados em ajudar podem entrar em contato pelo telefone 88547385 .

Câmara aprova projeto que proíbe realização de rodeios em Juiz de Fora (MG)


Imagem utilizada na petição criada pelo grupo "Movimento pelo fim de rodeios em JF"
Imagem utilizada na petição criada pelo grupo “Movimento pelo fim de rodeios em JF”
Diante da presença de protetores de animais, que voltaram ao Plenário da Câmara nesta terça-feira(27), os vereadores aprovaram o projeto de lei que proíbe a realização de rodeios, touradas ou eventos similares que envolvam situações de maus-tratos a animais em Juiz de Fora (MG). Para evitar atos de crueldade contra os animais, o texto veda ainda qualquer outra prática que utilize o sedém (instrumento utilizado para estimular saltos) ou outros mecanismos que possam submeter o animal a desconforto ou incômodo.
O projeto de autoria do vereador José Márcio (PV) será encaminhado para sanção do Executivo. Nas duas apreciações realizadas até o momento, o dispositivo recebeu votos favoráveis de todos os parlamentares presentes.

Ex-treinador fala sobre sofrimento de focas em parque aquático

Foto: Huffington Post
Foto: Huffington Post
Aos que ainda defendem os parques aquáticos e argumentam que os animais neles confinados não sofrem maus-tratos, nada melhor que a opinião de alguém que trabalhou em um deles. O ex-treinador de mamíferos marinhos, Philip Demers, fez um relato ao Huffington Post, contando um dos episódios que testemunhou quando trabalhava no Marineland, Canadá, ilustrando parte do que ocorre nesses locais.
Ele conta que, certa manhã, percebeu sinais no ambiente do parque indicando que havia ocorrido uma transferência de animais na madrugada anterior – período em que acontecia a maior parte das transferências. Encontrou o supervisor evasivo e silencioso. Procurou, então, o que chamavam de “caixa de sangue” – uma velha caixa repleta de agulhas, tubos de ensaio, álcool e algodão. Quando a caixa não estava no lugar, ele sabia que animais haviam chegado.
Nessa ocasião particular, o parque havia recebido cinco focas do Aquário de Vancouver. Resgatadas, reabilitadas e, por algum motivo, consideradas impossibilitadas de serem devolvidas à natureza, o aquário decidira enviá-las para o Marineland, para que fossem exibidas ao público. Junto com osanimais havia uma documentação detalhando os seus nomes, características físicas, histórico de dieta e tendências de comportamento.
Rolo era um macho indicado como portador de distúrbio neurológico. “Suas pupilas estavam sempre dilatadas. Seu corpo convulsionava frequentemente, e ele tinha dificuldades para nadar e rastejar, além de ser também agressivo. Ele não teria chances de sobreviver na natureza”, relata Demers.
Squamish era a fêmea mais jovem. Gorda, porém delicada, ela era de longe a mais tímida do grupo. Tinha uma boca pequena e era “uma imagem da saúde”. Poppy, a princesa, ficou conhecida por ser suave como a seda. Os treinadores apelidaram-na de “Black Velvet” e, durante as sessões de treinamento, cantavam para ela músicas de Alannah Miles.
Curry, outra fêmea, foi descrita como “mal-humorada”. Ela se recusava a comer qualquer peixe em terra seca, preferindo roubar o peixe das mãos dos cuidadores e voltar para a piscina. Pepper era uma jovem e saudável fêmea. Infelizmente, Demers diz não se lembrar bem de sua personalidade.
Após aclimatação das focas ao seu novo horário de alimentação e ao programa de treinamento, foi decidido que elas seriam exibidas no aquário do Marineland. Construído em 1966, o aquário é um ambiente estático, composto de um pequeno palco com um castelo como cenário. A piscina é pequena, redonda e composta por vários painéis de vidro para visualização subaquática.
De acordo com Demers, manter equilibrada a química da água sempre foi um desafio para os funcionários da manutenção, e picos perigosos nos níveis de cloro e ozônio eram comuns.
Rolo, que sobreviveu ao envenenamento, porém perdeu a visão. Foto: Reprodução
Rolo, que sobreviveu ao envenenamento, porém perdeu a visão. Foto: Reprodução
Um incidente em particular tirou a vida de Pepper: “Lembro-me vividamente de seu sofrimento e mortesubseqüente”, diz Demers.”Certo dia, encontrei Pepper letárgica, seca e recusando-se a comer. À medida que nos aproximamos dela, pudemos ver sangue escorrendo através de sua pele. Lembro-me de alguém inclinando-se e acariciando as suas costas. Seu pêlo caía em tufos em todos os lugares em que ela era tocada, revelando uma pele mais irritada e sangrenta.
Sua respiração era difícil e superficial. Nós desesperadamente removemos Pepper do aquário e a levamos de volta ao celeiro para tratamento. Uma vez lá, começamos a forçar para que comesse arenque congelado e injetamos antibióticos. Ela se contorcia de dor durante o procedimento, lutando arduamente para rejeitar o peixe. O procedimento mostrava-se inútil, uma vez que já era tarde demais para Pepper. Sua causa da morte foi explicada como envenenamento por ozônio.
Em poucas horas, os outros começaram a apresentar sintomas semelhantes. Ficou evidente que se tratava de uma situação de emergência. Um por um, nós levamos as focas de volta para tratamento, dessa vez evitando a alimentação dolorosa com peixe congelado e, ao invés disso, optando por inserir um tubo na garganta para facilitar o derramamento de alimento em seus estômagos. As focas começaram a responder lentamente ao tratamento, evitando por pouco a morte, apesar de terem sofrido danos permanentes”, conta Demers.
Uma vez recuperados, os animais foram devolvidos à arcaica piscina do aquário para viver o restante de suas vidas, desprovidos de qualquer luz natural e sem chance de voltar a experimentar sequer uma lembrança da liberdade. Hoje, Rolo, Poppy e Squamish têm pouca ou nenhuma visão remanescente, e a visão de Curry igualmente deteriorou-se. Cicatrizes profundas também permanecem em seus vários locais de injeção. Segundo Demers, em retrospecto, é difícil considerar que a decisão de Vancouver ao enviar as focas para Marineland tenha sido “um resgate”.
“Ao falar de nossas experiências, o Aquário de Vancouver (muito parecido com o SeaWorld e com o Marineland) rejeitou as preocupações e depoimentos de muitos ex-treinadores, sugerindo classicamente que tudo é uma mentira elaborada de ativistas radicais”, conta Demers.
A respeito da divulgação do caso feita por ele e seus colegas, Demers afirma que não foram contactados por quaisquer representantes do parque, nem os esforços deles para alcançá-lo foi respondido.
“R.I.P. Pepper”, escreve o ex-treinador no final de seu depoimento.
fonte:http://www.anda.jor.br/29/05/2014/ex-treinador-fala-sofrimento-focas-parque-aquatico

Em 2014, nós comíamos animais, crianças



13 Em 2014, nós comíamos animais, crianças
Vocês não fazem ideia do que era ser vegano em 2014. Vamos andando por aqui e eu vou contando. Era como remar contra a maré. Hoje ninguém precisa mais dizer que é vegano, mas não era assim, não. Existiam lugares legalizados – olha o absurdo: legalizados! – especializados em matar animais. Essa era a função dos chamados “abatedouros” e o governo incentivava, aplicava dinheiro de impostos nisso.
Quase não se fala mais que um dia, em um passado remoto, houve escravidão humana, mas aconteceu. Mesmo mais de um século depois de perceber que exercer poder sobre vidas humanas era errado, a humanidade continuou a tratar os animais como coisas. Não é bizarro? Alguns diziam que os animais não sentiam dor.

"Até hoje tem gente que não engole os 5x0 que levamos da Argentina na final."

Era ano de Copa do Mundo no Brasil. Crianças, vocês não têm noção do que foi aquilo. Procurem na supranet depois. Até hoje tem gente que não engole os 5x0 que levamos da Argentina na final. Vocês conseguem visualizar como o mundo já era um tanto civilizado e já tínhamos até aparelhos que chamávamos de smartphones? Mas a maior parte da população ainda comia animais.
Eu ligava a TV – vocês não sabem o que é isso, mas eu mostro uma imagem depois – e via programas de culinária cozinhando pedaços de animais ou usando secreções deles para fazer doces. É, era muito nojento, mas era normal para a época. Tínhamos um canal – uma “parte” da TV – dedicada ao comércio de animais. Eles vendiam como se eles fossem objetos, gritando valores pela vida daqueles inocentes. Se tivessem inventado a TV um século antes, haveria um canal de leilão de pessoas.
O avô de vocês foi um ativista vegano. Hoje o termo é batido, mas, na época da minha juventude, era difícil fazer as pessoas entenderem que não é uma dieta. A filosofia de vida começou a ganhar um grande espaço na sociedade lá para os anos 30, 16 anos depois dos 5x0 para a Argentina.
Milhões de pessoas já eram veganas em 2014 e boa parte delas fazia algum tipo de ativismo, em uma atitude desesperada de ajudar aqueles escravos.
Havia zoológicos. Pareciam santuários de animais, como vemos hoje, mas eram depósitos de vidas que visavam o lucro com a venda de ingressos. Seria cômico se não fosse trágico: as pessoas, lá em 2014, diziam que amavam animais – isso era quase uma unanimidade. Porém, mesmo dentro dos zoológicos – lugares onde as pessoas iam ver os animais que diziam amar – eram servidos pedaços de animais e as pessoas comiam aquilo. Era insana aquela época!

"Uma curiosidade sobre as finadas churrascarias: os garçons precisavam colocar pratos embaixo dos espetos enquanto andavam porque caía sangue demais das carnes espetadas neles."

Havia churrascarias e as pessoas adoravam ir lá. Eram como restaurantes, só que especializados em servir animais semicremados. Nas mesas, enquanto os garçons passavam com espetos repletos de pedaços de animais, as pessoas falavam em preservação ambiental e em como amam os animais. Uma curiosidade das finadas churrascarias: os garçons precisavam colocar pratos embaixo dos espetos enquanto andavam porque caía sangue demais das carnes espetadas neles.
Eram dias difíceis para os animais. Imaginem vocês que as pessoas argumentavam valores nutricionais da carne deles para justificar seu consumo. Acho que elas não pensavam que a carne humana e a de cachorro também têm nutrientes, mas nem por isso achávamos ético comer. Bem, pelo menos a maioria de nós.
Na TV, os programas se limitavam a discutir se comer animais era saudável ou não. Na maioria das vezes, os jornalistas sequer se davam ao trabalho de entender os motivos que levavam algumas pessoas a não comerem animais. Ovos, sabem? Isso, esses mesmos que saem do (...), bem, saem das galinhas. Vocês conseguem imaginar que as pessoas comiam aquilo? Aí, surgiu uma moda na Inglaterra onde as pessoas começaram a comer placenta e a maioria achava nojento. Mas, ovos, que têm um papel parecido ao da placenta humana, estavam liberados. Incrível, né?
Nós tínhamos trem-bala – que era considerado muito rápido –, mas ainda comíamos como no tempo das cavernas. A maioria tinha consciência de que animais sentem dor, mas ignorávamos isso na hora de comprar o que comer. Era uma sociedade estranha.

"Foras da lei, na época, eram os que invadiam propriedade privada para salvar animais. Haja trabalho para explicar que era um resgate e não um furto."

Hoje, são raros os que se aventuram a comer animais. Os que fazem, mesmo assim, são clandestinos, foras da lei. Em 2014, no entanto, os chefes de governo faziam propagandas na TV para falar sobre quantas toneladas de carcaças de animais o país exportou e como isso era importante para a economia da época. Se um século antes já existisse TV, teríamos filmes publicitários semelhantes exaltando a importância dos escravos humanos no desenvolvimento econômico da – eterna – colônia. Foras da lei, na época, eram os que invadiam propriedade privada para salvar animais. Haja trabalho para explicar que era um resgate e não um furto.
Desde que eu deixei o ativismo vegano, quando ele não se fazia mais necessário, me dedico a contar como eram as coisas naquele tempo. Vocês já viram o vovô saindo com o eletrocarropara dar palestras sobre isso, né? Eu faço isso para ter certeza de que não repetiremos os mesmos erros de novo. Eu espero que vocês possam fazer isso também quando o vovô for embora.
Não vou mentir, crianças. Houve vezes em que eu gostaria de ter nascido 100 anos depois, mas acho que eu tinha que passar por isso. De certa forma, acho que seu avô ajudou um pouco a diminuir o sofrimento daqueles animais. Pobres animais. Fico feliz de ter vivido o suficiente para ver o mundo que vejo hoje.
Fabio Chaves, 29 de maio de 2084. 
23 Em 2014, nós comíamos animais, crianças
Fonte: http://entretenimento.r7.com/blogs/fabio-chaves/2014/05/29/em-2014-nos-comiamos-animais-criancas/

quarta-feira, 28 de maio de 2014

Níveis de CO2 atingem marco histórico no hemisfério norte


Níveis de dióxido de carbono por todo hemisfério norte atingiram em abril a marca de 400 partes por milhão pela primeira vez na história da humanidade



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Aquecimento global: gelo derretendo
Aquecimento global: temperaturas já subiram cerca de 0,8 graus Celsius
Genebra - Os níveis de dióxido de carbono por todo hemisfério norte atingiram em abril a marca de 400 partes por milhão (ppm) pela primeira vez na história da humanidade, chegando a um limiar ameaçador para as mudanças climáticas, disse nesta segunda-feira a Organização Meteorológica Mundial (OMM) nesta segunda-feira.

O nível atmosférico de 400 ppm, 40 por cento a mais desde o início da ampla utilização de combustíveis fósseis durante a Revolução Industrial, tem se espalhado rapidamente para o sul. O patamar foi registrado pela primeira vez em 2012 no Ártico e desde então tem se tornado a norma na primavera do Ártico.
A OMM prevê que a concentração média anual de dióxido de carbono no mundo fique acima de 400 ppm em 2015 ou 2016. Elevadas concentrações do gás retentor de calor podem intensificar o risco de ondas de calor, secas e aumento do nível do mar.
"O tempo está acabando", disse o secretário-geral da OMM, Michel Jarraud, em comunicado. "Isso deveria servir como mais um alerta sobre o constante aumento do nível dos gases do efeito estufa, que provocam as mudanças climáticas.
Se quisermos preservar nosso planeta para futuras gerações, precisamos agir com urgência para conter novas emissões desses gases retentores de calor."
Quase 200 governos concordaram em trabalhar por um acordo até o fim de 2015 com o objetivo de desacelerar as mudanças climáticas. As negociações são uma parte do processo para limitar o aumento médio da temperatura em dois graus Celsius acima de níveis pré-industriais.
As temperaturas já subiram cerca de 0,8 graus Celsius. Em abril, um painel da ONU com especialistas climáticos disse que as concentrações de gases do efeito estufa, sobretudo dióxido de carbono, teriam que ser mantidas abaixo de 450 ppm para que se consiga o cumprimento da meta de 2C.
Os níveis atmosféricos de dióxido de caborno são sazonais, já que as plantas absorvem mais gás carbônico durante o verão, causando um pico na primavera. Esse ciclo é mais definido no hemisfério norte, que possui mais fontes de emissão do gás relacionadas a atividades humanas.
Fonte: http://exame.abril.com.br/